Em uma forte resposta aos recentes eventos no cenário político brasileiro, os presidentes do Senado, Davi Alcolumbre, e da Câmara, Hugo Motta, manifestaram-se contra a obstrução das atividades do Congresso por parlamentares bolsonaristas insatisfeitos com a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro. Essa situação se intensificou após a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF, que impôs sanções ao ex-presidente.
Alcolumbre, que além de presidir o Senado ocupa a liderança do Congresso Nacional, chamou a atitude de “exercício arbitrário das próprias razões”. Ele criticou veementemente a ocupação das mesas diretoras, que inviabilizou a realização das sessões legislativas logo após o retorno do recesso parlamentar. “A ocupação das mesas diretoras impede o funcionamento do Congresso e é algo alheio aos princípios democráticos”, disse ele em uma nota à imprensa.
Para tentar restabelecer a normalidade, Alcolumbre anunciou que convocará uma reunião com líderes partidários, buscando um consenso para a retomada das atividades legislativas, onde todas as correntes políticas possam se manifestar de forma legítima.
No plenário do Senado, a ocupação foi liderada por vários senadores do PL e do Novo, e a situação se repetiu na Câmara dos Deputados.
Por sua vez, Hugo Motta destacou que a definição das pautas de votação é de sua responsabilidade, em conjunto com os líderes partidários. Em nota em suas redes sociais, ele enfatizou a importância do diálogo e do respeito institucional, ao afirmar: “A pauta da Casa será definida visando o interesse da população, não de disputas políticas.”
Mesmo estando ausente da capital durante os protestos, Motta decidiu cancelar a sessão desta terça-feira e convocou uma reunião de líderes para o dia seguinte, em um esforço para restaurar a normalidade nas atividades do Legislativo.
A mobilização dos parlamentares de direita foi impulsionada pela decisão do STF que resultou na prisão domiciliar de Jair Bolsonaro, cujo descumprimento de medidas judiciais foi evidenciado em vídeos divulgados durante manifestações. Os aliados do ex-presidente prometem continuar a obstruir os trabalhos até que propostas como a anistia a envolvidos nos atos de 8 de janeiro e o pedido de impeachment de Alexandre de Moraes sejam discutidas.
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