Um clima de tensão paira sobre a Câmara de Vereadores de Itapetinga, na Bahia. Em uma sessão agitada na manhã desta quarta-feira (06), houve um clamor crescente pela abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar um ofício polêmico, supostamente assinado pelo prefeito Eduardo Hagge (MDB), que solicita intervenção do governo estadual, liderado pelo governador Jerônimo Rodrigues (PT).
O vereador Sidinei Mendes (PSD) foi o porta-voz da proposta, enfatizando a importância de esclarecer o impacto desse documento, que, segundo ele, poderia manchar a imagem da cidade. “Não sou defensor do prefeito, sou oposição, mas precisamos de transparência neste processo”, declarou Mendes, pedindo a colaboração dos demais vereadores para avançar na investigação.
A origem do ofício é envolta em mistério e controvérsias. O documento levanta suspeitas de falsidade ideológica, potencialmente assinado de forma fraudulenta, e seu conteúdo menciona o acompanhamento de um processo eleitoral ligado à cassação de um vereador condenado à prisão por motivos graves.
Para muitos vereadores, essa situação é inaceitável. “Quem for responsável por isso deve ser descoberto, pois isso pode acontecer com qualquer um de nós”, afirmou a vereadora Solange Santos (Solidariedade) em um tom incisivo. A preocupação com a integridade do município e com a lisura política é palpável.
O ofício atribuído ao prefeito destaca a urgência de proteger a “estabilidade democrática” de Itapetinga e requer medidas que assegurem a decisão do Tribunal Regional Eleitoral da Bahia (TRE-BA). Contudo, a negação de envolvimento direto do gestor na solicitação é uma constante entre os parlamentares, que se mobilizam em defesa de sua integridade.
Vale ressaltar que Sidinei Mendes, que propôs a CPI, é aliado do ex-vereador Diego Queiroz Rodrigues, hoje alvo de um processo de cassação. Essa conexão torna o cenário ainda mais complexo, uma vez que Rodrigues também tem um histórico de problemas legais, inclusive investigações pela Polícia Federal.
Vários legisladores reafirmaram a honestidade do prefeito em seus discursos. “Eduardo é um homem íntegro, alvo de maledicências que tentam minar sua gestão. Precisamos barrar essas manobras”, defendeu Anderson Cruz (União), enfatizando que a política deve ser transparente e respeitável.
Os vereadores deixaram claro que não permitirão tentativas de falsificação que possam prejudicar a administração municipal. “Se alguém deseja um cargo, que busque isso nas urnas, não com conspirações”, finalizou Sidinei Mendes, defendendo a continuidade do trabalho do vereador alvo da operação.
O caso aguarda um desfecho e a resposta de ambos, Sidinei Mendes e Eduardo Hagge, ainda não foi oficialmente divulgada. O que se vislumbra é uma batalha política que promete ser intensa e com implicações profundas para a cidade. O que você acha sobre essa situação? Opine nos comentários!
Facebook Comments