Uma situação alarmante se desenrola na Bahia, onde os Auditores Fiscais do Trabalho, representados pelo Sindicato dos Auditores Fiscais do Trabalho do Estado da Bahia (SAFITEBA), apresentaram uma denúncia contundente à Superintendência Regional do Trabalho (SRT-BA) e ao Ministério Público do Trabalho (MPT). O foco da denúncia é a demissão de mais de 500 médicos de cinco hospitais da rede pública de saúde.
Os auditores destacam que essa prática não apenas é irregular, mas também leva à pressão sobre os profissionais para que aceitem a rescisão de contratos sob a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), sendo recontratados compulsoriamente como Pessoas Jurídicas (PJ). Essa transformação, que o setor chama de “pejotização”, é apresentada como condição sine qua non para a continuidade dos serviços médicos.
O SAFITEBA considera essa conversão ilegal e um golpe devastador sobre os direitos trabalhistas e previdenciários dos médicos, que perderiam benefícios como férias, 13º salário, FGTS, e contribuições previdenciárias. Ao mesmo tempo, essa mudança precariza as relações de trabalho e prejudica a qualidade do atendimento.
Em resposta a essa crítica situação, o sindicato pediu que os órgãos competentes tomem medidas urgentes para proteger os direitos dos profissionais ameaçados. Essa manifestação ocorre em um momento delicado, após o Sindicato dos Médicos buscar uma liminar no Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), que reconheceu como ilegal e abusivo o movimento liderado pelo Sindimed-BA.
Curiosamente, a Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab) fez uma declaração contundente, afirmando que a ação do Sindimed-BA gera um clima de desinformação, utilizando uma “retórica alarmista” que, segundo a secretaria, coloca em risco a saúde pública, especialmente de pacientes e gestantes em situação de vulnerabilidade.
Essa situação clama por atenção e ação. O que você pensa sobre essa questão? Compartilhe suas opiniões e reflexões nos comentários!
Facebook Comments