Em um dia que começou como qualquer outro, a tranquilidade da comunidade de Paraisópolis foi abalada pela violência. No início da manhã de quinta-feira, 7 de agosto, o cabo Johannes Santana, da Rondas com Motocicletas (Rocam), se viu em uma situação de risco ao abordar um suspeito. Durante a ação, foi surpreendido por um revólver, sendo atingido com um tiro no pescoço.
No momento do ataque, um cúmplice identificado como Gabriel Vieira dos Santos, de 28 anos, aproveitou a confusão para roubar a arma do policial ferido. Ainda não localizados, tanto ele quanto o outro suspeito, Kauan Lison Alves dos Santos, de 20 anos, têm histórico criminal com múltiplos delitos, incluindo roubos.
Cenas de desespero foram registradas por moradores, testemunhas de uma sequência de eventos que desdobraram na Rua Itajubaquara. Ao ser abordado, Kauan sacou a arma e atirou, deixando o policial ferido no chão. Uma gravação amadora mostra o momento tenso em que o criminoso dá o disparo e a comunidade, alarmada, clama por socorro.
Acompanhe o vídeo que retrata a abordagem policial:
O policial, apesar da gravidade da situação, conseguiu manter a calma. Ele se levantou após o ataque e comunicou a situação via rádio, informando que estava consciente e não corria risco de morte. Entretanto, exames revelaram uma pequena fratura em sua coluna.
A tensão instalada na comunidade levou escolas locais a liberar os alunos mais cedo, em decorrência da insegurança crescente. Em julho, já tinham ocorrido protestos após outra operação da PM que resultou na morte de um homem na favela, intensificando o temor entre os moradores.
Os dados da Secretaria da Segurança Pública de São Paulo revelam que a capital é um dos locais mais perigosos para policiais militares, com um alarmante aumento de casos de ferimentos entre os agentes. Entre janeiro e junho deste ano, a cidade registrou 11 feridos, em contraste com 6 do ano anterior, evidenciando um crescimento de 83% nas ocorrências.
Agora, a comunidade de Paraisópolis reflete sobre a violência crescente e suas consequências. Isso levanta uma pergunta crucial: o que pode ser feito para restaurar a segurança e a paz nas ruas? Compartilhe suas opiniões e propostas nos comentários!
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