No coração do Candeal, em Salvador, os jovens do Bora Bahêa Meu Bairro (BBMB) tiveram uma tarde vibrante. A mistura de futebol, capoeira e música foi uma verdadeira celebração cultural, promovida pelo Esporte Clube Bahia. Meninos e meninas se reuniram no campo, não apenas para treinar, mas para vivenciar a rica herança cultural que permeia a comunidade.
Após o aquecimento com os professores do projeto, o renomado Mestre Kabaça e o músico Léo Bitbit, ambos moradores do Candeal, lideraram uma roda de capoeira ao som contagiante de atabaques e pandeiros. Enquanto Kabaça ensinava os jovens a arte da capoeira, ele e Léo conversaram sobre a importância de manter um equilíbrio entre as atividades culturais e o foco nos estudos.
Vitor Matos, coordenador do BBMB, enfatizou que a inclusão de diferentes linguagens culturais enriquece a formação das crianças. “Além do futebol, buscamos incorporar a música e a capoeira, aspectos fundamentais para as crianças do Candeal, que respiram cultura. Queremos levar essa experiência para todos os campos, alimentando não só o esporte, mas também o desenvolvimento motor e artístico delas”, afirmou Vitor.
Mestre Kabaça expressou sua alegria ao fazer parte de um projeto que acolhe as tradições do bairro. “Estou feliz em integrar futebol, capoeira e percussão. A capoeira e a percussão têm raízes profundas aqui no Candeal. Desde os 15 anos, ensino capoeira na comunidade, sempre buscando tirar as crianças das ruas. O BBMB compartilha dessa missão”, contou Kabaça.
Léo Bitbit, que cresceu no mesmo campo onde agora acontece o projeto, recordou momentos preciosos da sua infância. “Minha adolescência foi passada jogando bola e explorando o espaço. Ver hoje um projeto tão bonito, com crianças se envolvendo nas aulas, é gratificante. Para mim, isso é um exemplo poderoso que pode inspirar outras comunidades”, refletiu Léo.
O projeto Bora Bahêa Meu Bairro tem como objetivo incentivar a prática de futebol entre crianças e adolescentes de 6 a 14 anos em comunidades populares de Salvador, utilizando o esporte como uma ferramenta para promover saúde, bem-estar e integração social. Atualmente, cerca de 1.200 jovens são atendidos em 10 campos pela capital baiana.
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