As exportações da Bahia enfrentaram um revés significativo em julho, com uma queda de 26,3% em relação ao mesmo período do ano anterior. Esse impacto deve-se à nova tarifa de 50% imposta pelos Estados Unidos a produtos brasileiros, que começou a valer em 6 de agosto. A Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI) revelou que a retração no volume embarcado foi de 24,1%, enquanto os preços tiveram uma diminuição média de 3%.
Os setores mais afetados incluem a soja e seus derivados, que caíram 32,7%, e o setor de petróleo, que sofreu uma redução alarmante de 74,3%. Embora o segmento de papel e celulose tenha visto um aumento na quantidade exportada de 5,9%, a queda de 24,7% nos preços resultou em uma diminuição de 20,3% na receita total. Demais setores também registraram retrocessos, como o químico e o de minerais, ambos com quedas expressivas.
Diferentemente do que se esperava, as exportações para os EUA não foram antecipadas, apresentando uma queda em volume de 12,4%. Vale ressaltar que, embora a sobretaxa de 50% esteja em vigor, aproximadamente 40% da pauta baiana para os EUA permanece isenta, englobando produtos como celulose e derivados de petróleo.
Por outro lado, as importações da Bahia também sofreram quedas, totalizando US$ 749,7 milhões em julho, uma redução de 18,2%. Aqui, o volume desembarcado diminuiu 9,7% e os preços em média caíram 9,4%. No entanto, houve um aumento no setor de bens de capital, com crescimento de 6% em volume, impulsionado pela demanda por novos equipamentos para infraestrutura e indústria.
No acumulado de 2023 até julho, as exportações baianas alcançaram US$ 6,28 bilhões, marcando um recuo de 2,6%, enquanto as importações totalizaram US$ 5,28 bilhões, uma queda de 19,2%. O saldo comercial da Bahia, no entanto, registrou um superávit de US$ 1 bilhão, revertendo um déficit de US$ 90,3 milhões do ano anterior. A corrente de comércio ficou em US$ 11,56 bilhões, o que representa uma retração de 10,95%.
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