A situação da saúde na Bahia tem levantado uma onda de preocupação que não pode ser ignorada. No primeiro semestre deste ano, o estado registrou alarmantes 4.722 casos de erros médicos, posicionando-se como o segundo do Brasil em ocorrências desse tipo, perdendo apenas para São Paulo, que contabilizou 5.836. Este cenário traz à tona não apenas estatísticas, mas histórias de vidas impactadas por diagnósticos equivocados e tratamento inadequado.
Um exemplo emblemático é o de Marcela Vicente, que, após uma forte pancada no joelho, recebeu diagnósticos errôneos em três consultas consecutivas. Sua odisséia médica culminou em uma ressonância que revelou três ligamentos rompidos, mas não sem antes passar por um desgaste emocional e físico. Marcela expressa sua frustração: “Não tenho previsão de cirurgia e se tivesse sido identificado da primeira vez, já estaria me recuperando. Agora, fico insegura, sem saber em quem confiar.”
Os números em nível nacional são igualmente preocupantes, com 45.967 novos processos relacionados a danos em serviços de saúde registrados este ano. Isso eleva o total de processos pendentes no Brasil a 156.473. Esse tsunami de reclamações cobre uma gama que vai desde danos físicos até morais, refletindo a insatisfação e os traumas vividos por muitos pacientes.
Gilvane Lolato, gerente de operações da Organização Nacional de Acreditação, destaca que as estatísticas são um chamado para a ação. “Qualquer número é alarmante. Casos que poderiam ser evitados geram inseguranças e evidenciam a necessidade de novas abordagens para a qualidade no atendimento.” Em contrapartida, o presidente do Cremeb, Otávio Marambaia, sugere que a litigância pode ser motivada por expectativas financeiras, destacando a redução nas denúncias ético-profissionais no Conselho.
Por outro lado, Mauro Adam, presidente da Ahseb, acredita que esses processos não refletem a realidade das instituições credenciadas da Bahia, onde se observa um compromisso com os padrões de qualidade e segurança estabelecidos. A Secretaria de Saúde do Estado, no entanto, optou por não se pronunciar sobre o tema.
Essa realidade nos leva a refletir: como podemos garantir que as histórias de dor e frustração, como a de Marcela, se tornem exceções e não a norma? Sua experiência não é apenas um relato isolado, mas uma clara evidência da necessidade de mudanças urgentes no sistema de saúde. Que tal compartilhar sua opinião sobre esse tema? Junte-se à discussão e vamos buscar soluções juntos!
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