A Câmara Municipal de Salvador está prestes a dar um passo importante com a convocação de uma audiência pública para discutir a desapropriação do “Terreno da Graça”, situado na Rua da Graça, nº 42. Este evento, promovido pela Comissão de Planejamento Urbano e Meio Ambiente e liderado pelo presidente Carlos Muniz (PSDB), ocorrerá nesta quinta-feira (14) no Paço Municipal e abordará o Projeto de Lei nº 319/2023.
O autor do projeto, o vereador Hélio Ferreira (PCdoB), propõe que o local seja transformado em uma praça pública, preservando tradições como a Feira da Fraternidade, que prosperou no espaço durante anos. Ferreira defende a desapropriação com base na “utilidade pública”, onde é ressaltado que a apropriação do terreno traz benefícios ao interesse coletivo.
Neste momento, o projeto nº 319/2023 aguarda análise na Comissão de Constituição e Justiça e Redação Final, presidida pelo vereador Sidninho (PP), que ainda não definiu um relator. O objetivo da audiência, conforme o edital, é promover um debate aprofundado sobre os impactos jurídicos, técnicos e ambientais da proposta.
Entretanto, a situação é complexa. Em novembro de 2024, a Prefeitura de Salvador já havia concedido uma licença para a construção de um edifício de uso misto – residencial e comercial – pela empresa “Largo da Vitória Empreendimentos Imobiliários LTDA”. Este condomínio, de alto padrão, possui licença válida até 2028, o que intensifica a urgência em discutir a desapropriação e seus efeitos sobre o licenciamento do local.
Como os desdobramentos dessa audiência pública podem alterar planos já estabelecidos? Quais são suas opiniões sobre esse dilema urbano? Compartilhe suas ideias e participe desse debate crucial para o futuro da Graça!
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