Justiça manda bloquear acesso de Hytalo Santos às redes sociais após denúncias envolvendo menores

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A Justiça da Paraíba tomou uma decisão drástica: o influenciador Hytalo Santos terá acesso bloqueado às redes sociais devido a graves denúncias relacionadas à criação de conteúdos que adultizam crianças e adolescentes. Esse movimento foi impulsionado pelo Ministério Público da Paraíba, que, em uma ação civil pública, não apenas solicitou a suspensão de suas atividades online, mas também a proibição de contato com os menores mencionados no processo.

A promotora Ana Maria França ainda requisitou que Hytalo não pudesse lucrar com os conteúdos já publicados, assegurando que ele não obterá retorno financeiro através desses vídeos. A situação se agravou quando o youtuber Felipe Bressanim Pereira, conhecido como Felca, postou um vídeo de 49 minutos denunciando o caso, que ganhou destaque na mídia, incluindo uma reportagem no Jornal Nacional.

Antes mesmo de Felca, Hytalo já havia sido alvo de denúncias feitas por outros influenciadores, como Andressah Catty e Fabi Bubu, que possuem perfis no TikTok com mais de 1 milhão de seguidores. As vozes de alerta não pararam por aí; desde 2024, os vizinhos de Hytalo no condomínio em Bayeux, próximo a João Pessoa, relataram atividades suspeitas envolvendo exploração de crianças e adolescentes.

Em depoimento ao Jornal Nacional, a promotora Ana Maria França revelou detalhes preocupantes: crianças e adolescentes participavam de festas inadequadas e práticas impróprias, expostos à exploração em um ambiente que deveria ser seguro. Seu relato destaca um clima de impunidade que chamou a atenção do público e, consequentemente, aumentou a busca pelo termo “adultização” no Google, associando-o a figuras como Felca e Hytalo, além de referências ao Estatuto da Criança e do Adolescente.

Além disso, na última segunda-feira (11), o MP-PB uniou forças com o Ministério Público do Trabalho e a Polícia Civil para requerer a suspensão da Fartura Premiações, empresa de Hytalo, que operava rifas utilizando crianças e adolescentes. As acusações comprometem ainda mais a imagem do influenciador, que enfrenta sérias alegações de exploração de trabalho infantil e riscos de aliciamento, devido à sua excessiva exposição digital.

João Arlindo Côrrea, um dos promotores encarregados do caso, investiga também indícios de um esquema que ofereceria benefícios para as famílias dos menores em troca da participação deles em vídeos. Um cenário alarmante que necessita de atenção e vigilância. Compartilhe suas opiniões sobre este caso e como a sociedade deve reagir a esse tipo de situação. Sua voz é importante!

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