A 4ª Turma do Tribunal Regional Federal (TRF) da 1ª Região negou um recurso por unanimidade no caso do homicídio da pajé Nega Pataxó, da etnia Pataxó Hã Hã Hãe, ocorrido em Potiraguá, na Bahia. O réu, José Eugênio Fernandes Amoedo, de 21 anos, está acusado de usar a arma que resultou na morte da indígena em um violento confronto entre produtores rurais e representantes indígenas que ocupavam uma fazenda na região. O júri popular será agendado em data a ser definida.
Nega Pataxó / Foto: Reprodução / TV Bahia
Durante o trágico incidente, o cacique Nailton Muniz Pataxó, irmão de Nega, também foi baleado, mas sobreviveu. O réu, filho de um fazendeiro local, foi inicialmente preso com um policial militar reformado, mas foi solto após pagar fiança. A Secretaria de Segurança Pública da Bahia descreveu o ataque como parte da ação de um grupo denominado Movimento Invasão Zero, que buscava retomar terras.
O Ministério dos Povos Indígenas revelou que cerca de 200 ruralistas se organizaram por meio de um aplicativo de mensagens para cercar a área, gerando um conflito que deixou outros indígenas feridos, incluindo uma mulher com o braço quebrado. Um fazendeiro também foi ferido por uma flecha, e quatro armas de fogo foram apreendidas.
No dia seguinte à tragédia, a ministra Sonia Guajajara visitou a Bahia para acompanhar as investigações, enquanto o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se comprometeu a buscar uma solução pacífica para a disputa fundiária.
Esse é um caso que revela a complexidade e a urgência da questão das terras indígenas no Brasil. O que você pensa sobre essa situação? Deixe seu comentário!
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