Diante de um crescente reconhecimento da importância da saúde mental no ambiente de trabalho, o Serviço Social da Indústria (SESI), em parceria com o Conselho Nacional do SESI e o Ministério da Saúde, anunciou um Acordo de Cooperação Técnica (ACT) voltado para promover o bem-estar psicológico dos trabalhadores na indústria. Este pacto tem como metas criar ambientes de trabalho mais saudáveis, melhorar a qualidade de vida e preparar o setor para situações de emergência em saúde pública.
Anamaria Raposo, responsável pela coordenação do programa, destaca que a inciativa abrange sete eixos de ações intersetoriais, que incluem temas como emergências climáticas e promoção da saúde mental. Esses pilares foram estruturados com base em pesquisas que se estenderão até 2026, visando mapear a saúde e qualidade de vida dos trabalhadores.
Para obter dados precisos, serão entrevistados cerca de 16.500 trabalhadores de 219 empresas em diversas regiões do Brasil. A coleta inicial ocorrerá em setembro de 2025, estabelecendo um ponto de partida que será complementado por uma nova coleta em 2026, permitindo um acompanhamento contínuo das condições identificadas.
A análise da saúde dos trabalhadores utilizará a ferramenta ASSTI, que permitirá o armazenamento de dados coletados por telefone com colaboradores de 18 estados. Os resultados poderão revelar aspectos críticos, como altas taxas de sobrepeso ou hábitos prejudiciais à saúde, possibilitando que as empresas implementem intervenções direcionadas e eficazes.
O psicólogo Edilson José Ferreira de Oliveira ressalta que o monitoramento contínuo da saúde mental é essencial. Ele aponta que a depressão é uma condição comum, mas frequentemente subdiagnosticada, especialmente em um contexto em que muitos evitam buscar ajuda devido a estigmas sociais. É crucial, segundo ele, promover uma cultura de acolhimento que integre o cuidado com a saúde mental à rotina das empresas.
Infelizmente, o medo de se buscar suporte psicológico ainda persiste, fruto de uma visão distorcida que associa tratamento a internação e marginalização. Oliveira enfatiza a necessidade de desmistificar esse preconceito e adotar uma abordagem mais humana e aberta ao cuidar do outro.
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