Vladimir Putin e Donald Trump se encontram no Alasca em um momento decisivo para o futuro da Ucrânia. Este é o primeiro encontro entre os dois líderes desde o retorno do magnata americano ao poder, com a guerra na Ucrânia como tema central de discussão. Três anos e meio após a invasão russa, as perspectivas de paz parecem distantes, uma vez que as exigências de Moscou e Kiev são diametralmente opostas.
A Rússia, em uma posição de força, exige o controle de quatro regiões do sul e do leste da Ucrânia—Donetsk, Luhansk, Zaporizhzhia, e Kherson—além da península da Crimeia, anexada em 2014. Para Putin, a solução deve abordar as “causas profundas” do conflito, que incluem a intenção da Ucrânia de se juntar à OTAN, uma aliança que Moscou vê como uma ameaça existencial. A Rússia também solicita a suspensão de sanções internacionais e o reconhecimento da neutralidade ucraniana, além de garantias para os direitos dos cidadãos russos dentro do país.
Por outro lado, a Ucrânia rejeita essas condições, classificando-as como ultimatos. O presidente Volodimir Zelensky expressa sua preocupação em relação a quaisquer concessões territoriais, dadas as perdas humanas e materiais que a Ucrânia suportou desde 2014. Oficialmente, Kiev exige a retirada total das tropas russas, que atualmente ocupam cerca de 20% de seu território, e um cessar-fogo incondicional de 30 dias—uma proposta que Moscou se recusa a considerar.
Além das exigências territoriais, a Ucrânia busca garantias de segurança dos Estados Unidos e da Europa. Apesar do interesse em aderir à OTAN, Washington rejeita essa possibilidade. Como alternativa, a Ucrânia está discutindo uma presença militar europeia no país, caso um acordo de paz seja alcançado. No entanto, essa proposta também enfrenta a resistência de Moscou.
Recentemente, três rodadas de negociações diretas foram realizadas em Istambul entre russos e ucranianos, mas resultaram apenas em trocas de prisioneiros e a constatação da grande distância entre as posições. Os líderes europeus, que desejam evitar um acordo prejudicial à Ucrânia, se mantêm à parte do processo. Trump, por sua vez, anseia por uma resolução rápida para o conflito, que atribui à administração anterior, enquanto Putin aguarda a chance de discutir a segurança na Europa em um contexto mais amplo.
A tensão paira sobre essa cúpula, com o futuro da Ucrânia e a estabilidade europeia em jogo. E você, o que pensa sobre as possíveis soluções para esse conflito? Comente abaixo!
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