Em 2023 e 2024, o Brasil destacou-se como líder na emissão de vistos B1/B2 para os Estados Unidos, mas um estudo recente revela uma reviravolta alarmante. De janeiro a maio de 2025, sob a administração de Donald Trump, o país presenciou uma drástica queda de 25,7% na emissão desses vistos, totalizando apenas 358 mil, em comparação com os 482 mil registrados no mesmo intervalo do ano anterior.
Com essa diminuição, o Brasil perdeu a oferta e caiu para a terceira posição no ranking global, superado pela Índia e pela China, que emitiram 461 mil e 422 mil vistos, respectivamente. A nova ordem de imigração, que exige entrevistas presenciais que antes eram dispensadas para certas idades e situações, criou barreiras que resultaram em um aumento na burocracia e no custo dos processos. A advogada Ingrid Baracchini, especialista em imigração, aponta que as novas exigências podem estar desencorajando os potenciais solicitantes.
Adicionalmente, a administração Trump implementou uma taxa extra de US$ 250 para cidadãos de países que exigem visto, como o Brasil, o que se soma à tarifa de US$ 185 já existente. Esta onerosidade, visivelmente, pode estar contribuindo para a diminuição das solicitações.
No cenário global, a emissão de vistos B1 e B2 sofreu uma leve queda de apenas 0,8%, mas o Brasil se destaca por uma redução mais acentuada, com 124 mil vistos a menos. Quando analisamos as mudanças percentuais, o Brasil ocupa a 63ª posição entre todos os países, mas sobe para a 26ª se considerarmos apenas aqueles que emitiram mais de mil vistos em 2025. Neste contexto, a América Latina também enfrenta desafios, com reduções significativas em relação a Argentina, Venezuela e México.
Diante deste panorama, Baracchini sugere que a tendência de queda pode persistir, influenciada pela instabilidade nas entrevistas e pela polarização política entre Brasil e Estados Unidos. O futuro da mobilidade entre os dois países permanece incerto e merece atenção contínua.
Qual é a sua opinião sobre as mudanças nas regras de vistos? Acredita que essa tendência irá continuar? Compartilhe seus pensamentos nos comentários!
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