O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, não poupou palavras ao descrever como “ato covarde” o cancelamento dos vistos de sua esposa e filha pelos Estados Unidos. Com seu próprio visto vencido desde 2024, Padilha ficou sabendo dessa sanção através de uma mensagem da esposa, enquanto cumpria compromissos em Pernambuco.
Padilha não apenas expressou seu descontentamento, mas também questionou a lógica por trás da decisão do governo de Trump de atingir uma criança de apenas 10 anos, uma atitude que ele considera injustificável. Em uma entrevista à Globonews, ele lançou um desafio ao clã Bolsonaro, que, segundo ele, tem promovido estas sanções como parte de uma estratégia política. “Qual o risco que uma criança de 10 anos pode representar para o governo americano?”, indagou com indignação.
Essa polêmica surge em um contexto mais amplo, onde o Departamento de Estado dos EUA revogou os vistos de alguns funcionários do governo brasileiro envolvidos no programa Mais Médicos. Entre os afetados estão Mozart Julio Tabosa Sales e Alberto Kleiman, alvos de críticas por supostas ligações a um “esquema de exportação de trabalho forçado” relacionado a Cuba.
Padilha, que foi ministro da Saúde durante a criação do programa em 2013, defendeu sua posição, destacando que sua filha nem sequer havia nascido na época. Ele criticou a falta de sanções semelhantes a outros países que ainda mantêm parcerias com Cuba, como a Itália, e questionou as motivações por trás deste ataque focado no Brasil.
A situação não é apenas um embate político, mas um reflexo das complexas relações diplomáticas em jogo. Como você vê a situação atual? Compartilhe suas opiniões nos comentários e vamos discutir juntos este assunto!
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