Moraes diz que ida a jogo após sanções dos EUA foi “distração útil”

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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, revelou que sua presença no clássico entre Corinthians e Palmeiras, no mesmo dia em que foi sancionado pelos Estados Unidos sob a Lei Magnitsky, foi uma “distração útil”. Durante uma entrevista ao Washington Post, Moraes descreveu o jogo como “um momento de relaxamento” — embora admitisse que não foi um espetáculo dos melhores.

Essa ida ao jogo aconteceu horas após o anúncio das sanções impostas por Donald Trump, marcando a primeira vez que o ministro se manifestou publicamente após ser alvo da Lei Magnitsky. Ele compartilhou que, após o evento esportivo, seu telefone ficou inundado de mensagens.

Entretanto, o evento também teve seu lado polêmico. Enquanto era hostilizado por torcedores, Moraes não hesitou em reagir, mostrando o dedo, um gesto que não passou despercebido e que foi capturado por um fotógrafo.

Em sua análise, Moraes criticou as “falsas narrativas” que comprometem a relação entre Brasil e Estados Unidos, atribuindo responsabilidade a políticos brasileiros, em particular ao deputado Eduardo Bolsonaro, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro. Ele enfatizou a admiração que sempre teve pela governança americana, citando figuras como John Jay e Thomas Jefferson.

“Essas narrativas falsas acabaram envenenando o relacionamento — sustentadas por desinformação disseminada nas redes sociais”, afirmou. “O Brasil está empenhado em esclarecer essas questões.”

A reflexão de Moraes sobre a perda de liberdades individuais, após ser alvo das sanções, foi clara. Ele afirmou que passar por essa situação “não é agradável”, mas se comprometeu a continuar seu trabalho. O ministro também destacou que a Polícia Federal está investigando a participação de políticos americanos em ações contra o Brasil, garantindo que continuará a investigação enquanto for necessário.

Além disso, Moraes defendeu a atuação do STF em resposta a críticas do ex-ministro Marco Aurélio Mello. Ele retratou a Corte como uma “vacina” contra a autocracia, afirmando que, apesar das sanções da Lei Magnitsky, os procedimentos judiciais relacionados a Bolsonaro seguirão com rigor.

“Não há a menor possibilidade de recuar um milímetro sequer”, reiterou. “Faremos o que é certo, movendo-nos dentro do que as evidências determinarem.”

O julgamento de Bolsonaro e seus aliados, envolvidos em tentativas de golpe para impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva após as eleições de 2022, está agendado para setembro, com sessões extraordinárias programadas.

Contamos com sua opinião! O que você acha sobre as declarações do ministro e as implicações legais para Bolsonaro? Deixe seu comentário!

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