Debate sobre abuso de poder em igrejas evangélicas se intensifica na Espanha

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Na Espanha, o debate sobre abuso de poder nas igrejas evangélicas ganhou força recentemente, impulsionado por casos impactantes de abuso sexual cometidos por líderes de destaque. A revelação dessas violações não é apenas uma questão íntima, mas destaca uma crise de confiança que estava adormecida até agora. A mídia começou a investigar minuciosamente os abusos em duas igrejas, uma em Terrassa e outra em Valência, revelando a urgência de abordar a situação.

Em abril, figuras proeminentes como Marcos Zapata, presidente da Aliança Evangélica Espanhola, e Carolina Bueno, secretária executiva da Federação de Entidades Religiosas Evangélicas da Espanha, discutiram essas questões em entrevistas estimulantes. No início de julho, um manifesto foi publicado por líderes de diferentes denominações, clamando pelo fim da cultura do silêncio e pela criação de uma igreja “justa, honesta e restauradora”. Baseado em ensinamentos bíblicos, o documento exortou à transparência e justiça em vez de proteger a reputação das instituições.

O manifesto teve um impacto notável: no primeiro mês, 61 igrejas e 46 organizações adereceram a ele, de diversos segmentos da comunidade evangélica, incluindo pentecostais e batistas. Adicionalmente, 144 pastores assinaram a declaração, reforçando a necessidade de ações concretas para proteger as vítimas e promover protocolos claros diante de abusos de poder.

Depoimentos como o de uma jovem de origem estrangeira, que narrou sua experiência de assédio por um pastor em um vídeo que viralizou, expõem a gravidade da situação. Seu relato detalha como os manipulatórios contatos iniciais evoluíram para uma relação tóxica, culminando em sua depressão e crise de fé. Essa e outras histórias, surgidas em plataformas como Seneca Falls, demonstram a dor vivida por muitas mulheres que se sentem incapazes de buscar apoio.

Entidades como a Aliança Evangélica e La Voz de Agar têm promovido iniciativas para identificar e combater o assédio, incluindo a criação de canais seguros para que vítimas possam relatar seus casos. Contudo, o medo de repercussões sociais ainda faz com que muitos hesitem em falar, perpetuando o ciclo de silêncio.

Historicamente, a discussão sobre abuso espiritual não é nova. Desde 2016, um guia de prevenção de abusos foi publicado na Espanha, e esforços semelhantes têm surgido em outros países europeus. Na Inglaterra e na Alemanha, órgãos especializados já investigam denúncias de forma profissional, criando um modelo que poderia inspirar mudanças significativas na Espanha.

A necessidade de uma conversa aberta e corajosa é indispensável. Se você tem uma experiência relacionada ou conhece alguém que precisa de apoio, não hesite em compartilhar sua história ou buscar ajuda. Juntos, podemos fomentar um espaço de cura e transparência. O que você pensa sobre essa situação? Comente abaixo!

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