Dólar sobe com prévia fraca do PIB do Brasil e reunião Trump-Zelensky

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Nesta segunda-feira (18/8), o cenário econômico brasileiro foi marcado por uma intensa volatilidade nas bolsas e no câmbio. O dólar teve um fortalecimento de 0,68% em relação ao real, fechando a R$ 5,43, enquanto o Ibovespa, principal índice da B3, subiu 0,72%, alcançando 137.321 pontos.

Atenções se voltaram para a reunião entre Donald Trump e Volodymyr Zelensky, acompanhada de perto por líderes europeus. Essa conversa entre os presidentes gerou incertezas que impactaram o desempenho do mercado no início da semana.

No cenário internacional, o dólar também seguiu em alta, com o índice DXY, que mede sua força frente a uma cesta de divisas, subindo 0,28% ao longo do dia. A instabilidade dos mercados também refletiu na alta dos contratos futuros de petróleo, com o barril do WTI subindo 1,16%, a US$ 62,70, enquanto o Brent avançou 1,13%, a US$ 66,60.

Desempenho do PIB brasileiro

O Banco Central revelou que o Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), uma prévia do Produto Interno Bruto (PIB), apresentou uma queda de 0,10% em junho, seguindo a trajetória de desaceleração observada em maio. Esse panorama lança dúvidas sobre a recuperação econômica do Brasil.

Contexto geopolítico e aversão ao risco

Bruno Shahini, especialista da Nomad, apontou que a alta do dólar no mercado global se deve à crescente aversão ao risco, amplificada por incertezas geopolíticas, especialmente relacionadas à guerra na Ucrânia. Ele destaca que a redução do IBC-Br acentua preocupações sobre a economia e reforça expectativas de cortes na Selic, prejudicando a atratividade do real.

Apesar deste cenário desafiador, a entrada de investidores estrangeiros na Bolsa brasileira limitou a pressão sobre o dólar, contribuindo para a valorização do Ibovespa.

Mercado Brasileiro em Contraponto

Fabio Louzada, fundador da Eu me banco, destaca que o Ibovespa subiu, enquanto as bolsas americanas permanecem cautelosas, aguardando os desdobramentos da reunião entre Trump e líderes europeus. No Brasil, a valorização das ações do setor de petróleo e energia deu suporte ao índice.

A recuperação dos preços do petróleo animou empresas como Petrobras e Petrorecôncavo. Raízen se destacou com uma forte alta, impulsionada pela expectativa de investimentos da Petrobras, enquanto o Carrefour também viu suas ações subir com mudanças promissoras no conselho fiscal.

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