Mercado imobiliário mantém estabilidade e registra queda na oferta no 2º trimestre de 2025

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No segundo trimestre de 2025, o mercado imobiliário brasileiro mostrou um quadro de estabilidade nas vendas e lançamentos, apesar de uma significativa queda na oferta de imóveis novos, conforme divulgou a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC). Entre abril e junho, 102.896 imóveis foram vendidos, gerando uma movimentação de R$ 68 bilhões. O programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV) brilhou com um crescimento de 11,9% nas vendas, e, no aguardo dos dados acumulados, as vendas aumentaram 9,6% em relação ao ano anterior, acompanhadas de um aumento de 6,8% nos lançamentos. Contudo, o estoque de imóveis atingiu seu menor nível, caindo 4,1% em um ano, somando apenas 290 mil unidades, indicando uma possível escassez no mercado.

Renato Correia, presidente da CBIC, comenta que a estabilidade do setor está ligada aos altos juros e à limitação de recursos do FGTS. As expectativas são de que a retomada nos lançamentos ocorra no segundo semestre, especialmente se a taxa básica de juros for reduzida. O economista Celso Petrucci ressalta que o mercado começa a sentir os limites das fontes de financiamento, uma vez que o impacto das alterações no crédito já começa a se estagnar.

O especialista Bruno Pira observa que a alta na Selic, que mantém os juros de financiamento entre 12% e 13% ao ano, se torna uma barreira significativa para a compra de imóveis prontos. O valor das parcelas cresceu consideravelmente, levando muitos potenciais compradores a desistirem. Enquanto o segmento médio sente esse impacto negativo, os lançamentos populares e imóveis de alto luxo continuam a apresentar um desempenho robusto, com o MCMV mantendo um ritmo de vendas positivo, graças a subsídios e taxas mais baixas.

Em um panorama mais amplo, foram lançadas 414.375 unidades no país nos últimos 12 meses, movimentando R$ 260 bilhões. O segundo semestre promete ser um período de represamento de lançamentos, com uma possível recuperação gradual, dependendo das condições econômicas. Para você, o que essa situação reflete sobre o futuro do mercado imobiliário? Compartilhe sua opinião nos comentários!

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