Em uma manifestação contundente durante o seminário “Brazil 2030: Fostering Growth, Resilience and Productivity”, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, abordou a atual situação econômica do Brasil e a controvérsia das projeções de mercado. Ele expressou sua confiança na capacidade do governo em gerenciar variáveis econômicas e focar no equilíbrio fiscal, em vez de se abalar com as previsões externas.
“Às vezes, me preocupo com a calibragem da trajetória fiscal e da Selic. O desafio é unir cortes de gastos com reposição, após o ajuste do gasto primário,” ressaltou. Sua análise crítica enfatizou que muitas das previsões econômicas são movidas por “paixões” e não por raciocínio lógico. Para ilustrar essa ideia, ele citou o renomado ex-ministro Delfim Netto, que, em tom irônico, sugeriu que a acurácia dos economistas muitas vezes se compara à dos astrólogos.
Haddad, em uma demonstração de realismo, observou que, apesar das previsões alarmistas sobre um cenário econômico sombrio, o Brasil viu uma expansão de quase 7% nos últimos dois anos e revisões positivas nas projeções do PIB para este ano. Ele também garantiu que a inflação deverá se manter abaixo dos níveis anteriores.
“Muitos diziam que não haveria crescimento e que a inflação iria disparar. Agora estão percebendo que os índices de preços serão menores. Reconheço que errei ao afirmar que o dólar estaria em R$ 5,70, quando hoje está em R$ 5,40,” acrescentou, colocando em Xeque a confiabilidade de algumas análises econômicas.
Haddad concluiu sua fala reafirmando a competência de sua equipe econômica, ressaltando que ela está composta por profissionais respeitados, capazes de atender aos desafios complexos do país com autonomia. Como você vê a relação entre previsões de mercado e a realidade econômica? Deixe sua opinião nos comentários!
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