Em um movimento audacioso, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) está prestes a revelar, em aproximadamente 50 dias, uma nova era no calendário do futebol nacional. O presidente Samir Xaud já confirmou que as reformas abrangerão desde os campeonatos estaduais até competições como a Série D, a Copa do Brasil, além das Copas do Nordeste e Verde.
O objetivo central, segundo Xaud, é alinhar o calendário atual às demandas do futebol moderno, proporcionando melhores condições para clubes de todos os tamanhos. “Vamos reformar praticamente todas as competições que a CBF realiza”, mergulhou o dirigente em declarações no videocast Toca e Passa, que será exibido nesta terça-feira (19).
COMO SERÁ A COPA DO BRASIL
A Copa do Brasil, já icônica com seus 92 clubes, receberá uma atenção especial. A intenção é ampliar a participação sem sobrecarregar as equipes da Série A e B. Xaud destacou: “Essa é a nossa joia, a que mais oferece oportunidades a clubes menores e também a que mais paga. Queremos torná-la ainda mais forte.” Essa visão ambiciosa promete um novo modelo que beneficiará todos os envolvidos.
SÉRIE D EM EXPANSÃO
A Série D, que atualmente abriga 64 times, também será reimaginada para incluir um maior número de clubes, minimizando o número de equipes que ficam sem calendário após os estaduais. Mesmo com essa expansão, a CBF garantirá que o agrupamento regionalizado se mantenha, facilitando a logística das partidas.
Xaud assegurou que as federações e clubes estarão satisfeitos com as propostas em andamento, descartando a possibilidade de uma Série E por agora. “Não estamos pensando nisso; C e D já recebem suporte completo da CBF”, afirmou, com confiança no futuro próximo.
UMA NOVA ERA NOS REGIONAIS
As competições locais também não ficaram de fora das mudanças. A Copa do Nordeste e a Copa Verde passarão por novas formatações, focando em aumentar sua atratividade e gerar mais receitas.
ESTADUAIS CONDENSADOS
Um dos focos já confirmados é a redução dos Estaduais de 16 para 11 datas, aplicável apenas a estados com clubes da Série A e B. Para outras federações, a duração das competições poderá ser mais extensa. Xaud afirmou: “Essas 11 datas são vitais para as Série A e B, que têm compromissos internacionais, enquanto as C e D são mais flexíveis.”
UM PROCESSO GRADUAL
Embora as expectativas sejam altas, Xaud esclareceu que as mudanças não acontecerão de imediato. “Teremos reformulações na Série D, na Copa Verde, na Copa do Nordeste e na Copa do Brasil. Estamos ajustando todas as estruturas para adaptar com prudência ao calendário brasileiro,” explicou.
Ele finalizou destacando que esta é uma jornada de médio prazo: “As reformas devem nos posicionar em um modelo em que, em dois ou três anos, tenhamos um calendário brasileiro mais eficiente, acomodando os crescente desafios das competições internacionais. O novo modelo será gradual e sustentável.”
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