O governo brasileiro reafirmou em reunião com a ONU que a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025 (COP30) acontecerá em novembro em Belém, no Pará. Isso ocorre após 25 países solicitarem a mudança da sede devido aos altos preços de hospedagem na cidade.
Para garantir a participação de cerca de 72 países com menos recursos, o governo anunciou uma força-tarefa. O grupo será coordenado pela Secretaria Extraordinária para a COP30, ligada à Casa Civil, e contará com o auxílio dos ministérios do Turismo, Relações Exteriores e Meio Ambiente, além do governo estadual.
O embaixador André Corrêa do Lago, presidente da COP30, explicou que a força-tarefa se concentrará em atender esses países, que incluem nações de menor desenvolvimento e pequenas ilhas. “Nós vamos começar um diálogo direto com esses países para assegurar que eles confirmem as suas reservas tão logo quanto possível”, destacou.
“Nós vamos começar um diálogo direto com esses países para assegurar que eles confirmem as suas reservas tão logo quanto possível”, ressaltou.
Até agora, 47 países já garantiram suas reservas, confirmando a presença na conferência. Outro ponto abordado foi a sugestão da ONU para que o governo brasileiro subsidiasse a participação de alguns países. No entanto, essa possibilidade foi descartada. A secretária-executiva da Casa Civil, Miriam Belchior, enfatizou que o Brasil já está arcando com custos significativos para o evento e que não cabe aos brasileiros custear as delegações de outros países.
A secretária também mencionou que a ONU solicitou um auxílio de US$ 100 para os países menos desenvolvidos e uma quantia diferenciada para os desenvolvidos. A posição do governo é clara: “O Brasil não tem condição”, afirmou Miriam.
Apesar da recusa ao subsídio, o governo apoia o aumento do valor do auxílio da ONU para acomodação. Atualmente, o apoio em Belém é de US$ 149 por diária, mas o pleito é para que se equipare aos valores de outras capitais, como São Paulo, que é de cerca de US$ 250.
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