Uma comissão judicial dos Estados Unidos negou, na última sexta-feira (22), a liberdade condicional a Joseph Lyle Menéndez, logo após seu irmão Erik também ter recebido a ordem de permanecer preso. Ambos foram condenados pelo assassinato de seus pais há mais de três décadas, um dos casos mais conhecidos do país.
Lyle, de 57 anos, não conseguiu convencer o painel de que não representa mais uma ameaça. Julie Garland, membro da comissão, destacou que, embora a decisão seja negativa, não é o fim da linha, já que os irmãos poderão solicitar uma nova avaliação em três anos.
Em sua declaração, Lyle expressou remorso, alegando que a decisão de matar seus pais foi exclusivamente sua. “Sinto muito por todos, e lamentarei para sempre”, disse ele, visivelmente emocionado.
Este revés acontece em um cenário onde uma campanha nas redes sociais, com o apoio de familiares e até de celebridades como Kim Kardashian, clama pela libertação dos irmãos. Condenados a prisões perpétuas sem possibilidade de liberação, eles ainda são alguns dos detidos mais conhecidos nos Estados Unidos.
O julgamento dos irmãos Menéndez, que ocorreu na década de 1990, foi um dos mais assistidos da televisão americana. Recentemente, a série da Netflix “Monstros: A História de Lyle e Erik Menéndez” trouxe à tona a história deles novamente.
No passado mês de maio, eles conseguiram uma importante vitória judicial, que reduziu a pena original e permitiu que solicitassem liberdade condicional, desde que demonstrassem arrependimento e não fossem considerados perigosos.
A audiência de sexta-feira, que durou 11 horas, ocorreu mais de 36 anos após o assassinato de José e Kitty Menéndez. Os promotores destacaram que os crimes foram cometidos com a intenção de obter a fortuna da família. Inicialmente, os irmãos tentaram forjar um álibi, mas Erik confessou os assassinatos durante uma sessão de terapia.
Durante a audiência, os membros da comissão se mostraram preocupados com o comportamento de Lyle, que teria violado regras da prisão e foi descrito como um manipulador que não aceita as consequências de seus atos. “Você parece adotar diferentes faces em diferentes momentos”, observou um dos integrantes do painel.
O processo de liberdade condicional foi possível após um juiz rever sua sentença neste ano, reduzindo a pena de prisão perpétua para 50 anos, o que tornou a reavaliação viável.
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