O combate a crimes ambientais na Amazônia se intensifica com o uso de uma “constelação de satélites” pela Polícia Federal (PF). A região, que enfrenta irregularidades como garimpo e desmatamento, agora conta com tecnologia avançada para identificar ações ilegais em tempo real.
Os satélites capturam imagens do território diariamente, permitindo que os agentes verifiquem mudanças e acionem investigações. Humberto Freire de Barros, diretor de Amazônia e Meio Ambiente da PF, explica que essas imagens em alta resolução ajudam na criação de uma base de dados que também serve para prevenção de crimes.
Inicialmente, as imagens passam por uma análise realizada por Inteligência Artificial (IA). Essa tecnologia pode identificar desmatamento, presença de garimpo ilegal e focos de incêndio, gerando alertas diários para que os agentes direcionem seus esforços para essas áreas críticas.
As imagens permitem distinguir entre desmatamento de corte raso e corte seletivo, além de indicar atividades garimpeiras. Humberto destaca que até dragas podem ser identificadas através das imagens, mostrando a eficácia dessa abordagem para enfrentar crimes como incêndios e extração ilegal.
A iniciativa é resultado da parceria com uma empresa que fornece essa tecnologia. Além disso, a PF colabora com vários órgãos, como Ministérios Públicos e Secretarias de Meio Ambiente, permitindo um compartilhamento eficaz de alertas e informações.
Prevenção de crimes
A atuação da PF em crimes ambientais se fortaleceu em 2023, com a criação de uma área dedicada a esses casos. Somente neste ano, foram abertos 60 inquéritos para investigar incêndios criminosos, comparado a 141 no ano anterior.
Humberto também fala sobre a ênfase em prevenção, com a criação de polos de investigação em estados fundamentais, como Mato Grosso e nas regiões da Amazônia. Desde junho, as equipes da PF têm promovido ações integradas com as forças estaduais, melhorando a eficácia no combate a incêndios e delitos ambientais.
Essa abordagem mostra que a tecnologia, aliada a uma cooperação entre diversas entidades, pode ser uma ferramenta poderosa no combate aos crimes ambientais. Você o que pensa sobre essa estratégia? Deixe sua opinião nos comentários.
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