Álvaro Uribe, ex-presidente da Colômbia, condenando a 12 anos de prisão domiciliar por suborno e fraude processual, renunciou à prescrição de seu caso nesta segunda-feira, 25 de agosto. A decisão foi comunicada ao Tribunal Superior de Bogotá, que está avaliando o recurso de apelação da defesa. Em um documento, Uribe afirmou que a condenação é “equivocada e injusta” e expressou o desejo de que sua “inocência seja reconhecida”.
Com a renúncia à prescrição, o processo continuará ativo, mesmo que o tribunal não decida sobre a apelação até 16 de outubro. O ex-presidente, que governou o país entre 2002 e 2010, foi condenado em primeira instância por supostamente tentar subornar ex-paramilitares a fim de se desvincular de ligações com esses grupos armados.
Uribe, líder do partido de direito Centro Democrático, alega que seu julgamento foi motivado politicamente e que sofre pressões da atual administração, liderada pelo presidente Gustavo Petro. O caso começou em 2012, após Uribe denunciar o senador Iván Cepeda por um alegado complô para associá-lo a paramilitares. Em 2018, no entanto, a Suprema Corte passou a investigar Uribe por manipulação de testemunhas.
O senador Cepeda acusou Uribe de tentar arquivar o processo através de manobras jurídicas e anunciou que apresentará uma denúncia penal contra o ex-presidente. Além disso, a juíza Sandra Heredia, responsável pelo caso, relatou ter recebido ameaças. A defesa de Uribe, por sua vez, pede uma “análise rigorosa e objetiva” da apelação, enquanto a condenação do ex-presidente promete influenciar o cenário político para as eleições presidenciais de 2026.
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