Os Estados Unidos saíram em defesa do embaixador Charles Kushner, na França, que foi convocado pelo governo francês após expressar preocupações sobre a falta de ações contra o antissemitismo. Em uma carta ao presidente Emmanuel Macron, Kushner ressaltou sua “profunda preocupação com a onda de antissemitismo na França” e criticou as respostas do governo francês.
O Ministério das Relações Exteriores da França classificou as declarações do embaixador como “inaceitáveis” e chamou-o para uma audiência nesta segunda-feira. A Chancelaria afirmou que as críticas de Kushner vão contra o direito internacional e o dever de não interferir nos assuntos internos dos Estados, conforme estabelecido na Convenção de Viena de 1961.
Enquanto Kushner estava ausente, o encarregado de negócios dos Estados Unidos participou da audiência. Sua carta foi divulgada após Netanyahu criticar Macron, acusando-o de “alimentar o fogo antissemita” ao buscar reconhecimento internacional do Estado palestino. Kushner, que é conhecido por ser pai do genro de Donald Trump, Jared Kushner, manifestou preocupação de que tais declarações encorajem extremistas e coloquem os judeus em risco na França.
Desde o início do atual conflito na Faixa de Gaza, em outubro de 2023, aumentaram os atos antissemitas na França. A ministra da Igualdade, Aurore Bergé, afirmou que o governo francês está comprometido em combater o antissemitismo de maneira firme.
O apoio dos Estados Unidos à posição de seu embaixador foi reafirmado pelo porta-voz do Departamento de Estado, Tommy Pigott, que afirmou: “Apoiamos seus comentários”. Este episódio levanta questões sobre as tensões diplomáticas e a dinâmica entre os países diante do crescente antissemitismo na Europa.
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