Recentemente, o governo de Jerônimo Rodrigues cometeu um erro embaraçoso na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA). Após pressionar a votação de urgência para dois projetos, entre eles um que previa reajuste para servidores públicos, o governo pediu a retirada desse mesmo projeto da pauta. Essa manobra, desprovida de justificativa, não apenas constrange, mas também desnuda a fragilidade da relação entre o governo e a Assembleia.
Esse problema não recai apenas sobre a Assembleia, muito menos sobre a presidente Ivana Bastos. A questão está na forma desastrada com que o governo lida com a bancada da maioria. Este episódio é apenas um dos muitos que se seguiram; semanas atrás, uma mudança nas taxas cartoriais exemplificou a falta de acordo entre a liderança do governo e a Casa Civil, resultando no veto de um projeto que foi enviado pelo próprio Jerônimo ao Legislativo.
Esses acontecimentos revelam o amadorismo na condução do governo, especialmente na Casa Civil, que está visivelmente enfraquecida em comparação ao período de Rui Costa. Afonso Florence ainda ocupa a função por uma questão de gratidão, apesar de já não representar a força do passado. O mesmo vale para a Secretaria de Administração, onde Rodrigo Pimentel, recém-chegado, não deveria arcar com os erros de seus antecessores.
Além de somar uma série de erros administrativos, a Casa Civil e a Secretaria de Administração decidiram culpar a imprensa pela divulgação de atos da gestão. Recentemente, uma postagem irônica abordou informações que foram publicadas no Diário Oficial da Assembleia, tratando os eleitores como crianças ao afirmar que as informações eram falsas.
Enquanto isso, alguns ainda se recusam a enxergar os erros cometidos. Infelizmente, esses deslizes acabam prejudicando não apenas a relação com a imprensa, mas também a imagem do governo e a confiança dos deputados estaduais e do eleitorado. A situação é preocupante e pede uma reflexão urgente sobre a condução do governo na Bahia.
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