O ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, fez duras críticas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, chamando-o de antissemita e “apoiador do Hamas”. A declaração veio em resposta à saída do Brasil da Aliança Internacional de Memória do Holocausto. Katz associou Lula ao líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, afirmando que esse quadro ameaça a existência de Israel.
Katz ressaltou que a decisão de Lula de retirar o Brasil da IHRA, a organização criada para combater o antissemitismo, alinha o país a regimes que negam o Holocausto. Em sua publicação, que incluía uma imagem criada por inteligência artificial de Lula como uma marionete controlada por Khamenei, o ministro israelense afirmou que o país se defenderá independentemente do apoio brasileiro.
Essa troca de farpas intensifica a tensão nas relações diplomáticas entre Brasil e Israel, que já estavam abaladas desde o início do conflito na Faixa de Gaza. O governo brasileiro, que condenou o ataque do Hamas que resultou em mais de 1.200 mortes de israelenses, criticou violentamente a operação israelense, com Lula acusando Israel de genocídio e comparando a situação dos palestinos ao Holocausto.
As relações se deterioraram ainda mais após Israel decidir rebaixar seu nível diplomático com o Brasil, após o Itamaraty não aprovar a indicação do embaixador Gali Dagan. O assessor de Assuntos Internacionais da Presidência, Celso Amorim, fez um defesa do governo e criticou o tratamento ao embaixador brasileiro em Jerusalém, afirmando que a situação foi uma humilhação.
Conforme a crise avança, Amorim reiterou a postura do Brasil, afirmando que o país não se opõe a Israel, mas sim às ações do governo Netanyahu na faixa de Gaza. O Itamaraty está sem um embaixador em Tel Aviv desde junho de 2024, e o governo israelense anunciou que não indicará um novo representante, mantendo o diálogo em um nível renovado.
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