Manifestantes exigem em Israel acordo sobre reféns em Gaza

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Milhares de cidadãos foram às ruas de Israel, nesta terça-feira (26), pedindo o fim da guerra em Gaza e a libertação dos reféns mantidos em cativeiro. O protesto aconteceu coincidentemente durante uma reunião do gabinete de segurança que poderia definir um novo rumo nas negociações por uma trégua na região.

A reunião foi convocada após ataques israelenses contra o hospital Nasser, na cidade de Khan Yunis, que resultaram na morte de cinco jornalistas. O Exército israelense informou que o alvo do ataque eram câmeras do Hamas, alegando que elas serviam para monitorar suas operações. No entanto, o ataque gerou indignação, já que um total de 20 vidas foram perdidas, incluindo jornalistas, nenhum dos quais foi identificado como um dos “terroristas” mencionados.

Antes mesmo da reunião, cerca de 400 manifestantes bloquearam ruas em Tel Aviv, exibindo bandeiras israelenses e fotos dos reféns. Outros demonstrantes também se reuniram nas proximidades da embaixada dos Estados Unidos e nas residências de diversos ministros pelo país. “Exigimos que nossos líderes se sentem à mesa de negociações e não se levantem até que um acordo seja alcançado,” clamou Hagit Chen, um dos pais de refém.

Durante a manifestação, foi ressaltado que as condições dos reféns são urgentes. A situação se evidenciou com o caso de Nimrod, outro refém a ser libertado, segundo seu pai, Yehuda Cohen. Ao longo do conflito, 49 dos 251 sequestrados permanecem em cativeiro desde o ataque do Hamas em outubro de 2023.

No mesmo dia, Netanyahu indicou a necessidade de negociações para garantir a libertação dos reféns, sem detalhar a proposta dos mediadores, que inclui uma trégua de 60 dias em troca de prisioneiros palestinos. Simultaneamente, o primeiro-ministro aprovou um plano militar para tomar a Cidade de Gaza, que gerou desconforto entre os familiares dos reféns e levou a novas manifestações.

O governo de Netanyahu está sob pressão, tanto interna quanto externa, para encerrar a campanha em Gaza, onde uma grave crise humanitária se instaurou. O Programa Mundial de Alimentos alertou que a ajuda humanitária permitida é insuficiente para atender as necessidades da população, que enfrenta a fome.

A repercussão do ataque em Khan Yunis foi sentida mundialmente, levando a apelos por uma investigação e responsabilização. As estatísticas são alarmantes: desde o início do confronto em outubro de 2023, aproximadamente 1.219 israelenses e pelo menos 62.819 palestinos, a maioria civis, perderam a vida.

Esse cenário angustiante levanta questões importantes sobre a situação atual e a busca por soluções eficazes. E você, o que pensa sobre esse conflito e a necessidade de um acordo para os reféns? Compartilhe sua opinião nos comentários.

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