Operações contra crime no setor de combustíveis bloquearam R$ 3,2 bi

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Ministro da Justiça destaca que ações foram as maiores da história contra o crime organizado.

Recentemente, três operações importantes foram realizadas para combater a lavagem de dinheiro no setor de combustíveis. As ações resultaram no cumprimento de mais de 400 mandados judiciais, incluindo 14 prisões e diversas buscas em pelo menos oito estados.

Essas medidas judiciais levaram ao bloqueio de R$ 3,2 bilhões em bens e valores. Estima-se que grupos criminosos tenham movimentado cerca de R$ 140 bilhões de maneira ilícita.

Para o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, essas ações são as mais significativas da história no combate ao crime organizado. Ele ressaltou a importância da colaboração entre diferentes órgãos no processo e mencionou a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Segurança Pública, que está em tramitação no Congresso Nacional.

De acordo com o ministro, os criminosos utilizavam recursos da economia real e do mercado financeiro para lavar dinheiro. Lewandowski observou que a operação ataca diretamente a apropriação das organizações criminosas no setor de combustíveis.

Detalhes das operações quasar, tank e carbono oculto

Das três operações, duas foram conduzidas pela Polícia Federal (Quasar e Tank), enquanto a terceira, chamada de Carbono Oculto, ficou a cargo do Ministério Público de São Paulo. A Receita Federal participou de todas elas.

Graças à cooperação entre os órgãos, especialmente com objetivos comuns, foi possível realizar as ações de forma coordenada. O diretor geral da PF, Andrei Rodrigues, destacou que a integração foi essencial para o sucesso das operações.

A Carbono Oculto se concentrou em desmantelar fraudes fiscais no setor de combustíveis, ligadas a organizações criminosas, enquanto Quasar e Tank visavam desarticular redes especializadas em lavagem de dinheiro.

As investigações revelaram um sofisticado esquema de ocultação de patrimônio, usando fundos de investimento.

Apreensões e bloqueios financeiros

A operação realizada pela PF resultou na apreensão de 141 veículos, quase 2 mil veículos sequestrados e mais de R$ 300 mil em dinheiro. Até agora, mais de R$ 1 bilhão foi bloqueado, além do sequestro de 192 imóveis e duas embarcações.

Além disso, 21 fundos de investimento tiveram bloqueio total, afetando 41 pessoas físicas e 255 jurídicas. Até o momento, seis das 14 prisões foram efetuadas.

A profundidade da fraude

Focando no Paraná, onde o inquérito começou a partir de uma operação contra o tráfico de drogas, Rodrigues explicou que o foco agora é identificar fraudes na cadeia de combustíveis, incluindo adulteração e lavagem de dinheiro.

A operação Carbono Oculto, conforme detalhado pela subsecretária de fiscalização da Receita Federal, Andrea Chaves, apontou uma invasão do crime organizado no mercado financeiro, afetando toda a cadeia de combustíveis desde a importação até o consumidor final.

Cerca de mil postos de combustíveis em mais de 10 estados estão envolvidos, movimentando aproximadamente R$ 52 bilhões. Uma Fintech funcionava como um banco paralelo para o crime, segundo Andrea.

Um esforço coletivo e político

O ministro Fernando Haddad ressaltou que essas operações são resultado de uma decisão política e do esforço de uma equipe que se dedicou a descobrir fraudes complexas. Mais de mil servidores participaram das ações.

Haddad destacou a importância da inteligência do Estado para descobrir os verdadeiros líderes do crime que operam por trás de fraudes muito elaboradas, utilizando estratégias de grandes investidores.

Ele enfatizou que, graças a esses esforços, foi possível desmantelar uma estrutura criminosa que incluía mais de mil postos de gasolina e caminhões utilizados para transportar combustíveis adulterados.

Essas operações não apenas revelam a profundidade do crime no setor de combustíveis, mas também demonstram a força da união entre diferentes entidades para combatê-lo. O que você pensa sobre esse assunto? Comente sua opinião!

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