A reunião entre os líderes da China, Xi Jinping, da Rússia, Vladimir Putin, e da Coreia do Norte, Kim Jong Un, em Pequim, foi classificada como um “desafio direto à ordem internacional” pela chefe da diplomacia da União Europeia (UE), Kaja Kallas. Durante seu discurso em Bruxelas, Kallas destacou que o encontro não apenas demonstra oposição ao Ocidente, mas também desafia o sistema internacional baseado em normas.
“A guerra da Rússia na Ucrânia conta com o apoio da China. São realidades que a Europa precisa enfrentar”, afirmou Kallas. Ela enfatizou a importância de uma Europa mais ativa no cenário internacional, mencionando que a colaboração entre China e Rússia visa promover mudanças significativas na arquitetura global de segurança.
Kallas criticou a apresentação conjunta de Putin, Kim e Xi em um desfile militar em Pequim, considerado uma demonstração de força. Segundo ela, “eles projetam uma visão de paz através do cano de um fuzil. Isso não é o que paz significa para a Europa.” Xi Jinping ainda descreveu seu país como “imbatível”.
A diplomata também se referiu ao conflito em Gaza como um exemplo da falta de unidade entre os países da Europa. Ela ressaltou que a UE não utilizou plenamente seu poder geopolítico, resultando em uma postura ineficaz diante da situação. Kallas pediu “coragem política” aos 27 países do bloco, que ainda não chegaram a um consenso sobre impor sanções a Israel, apesar da situação humanitária grave que persiste após quase dois anos de guerra.
A discussão sobre o papel da Europa e suas ações em crises internacionais é cada vez mais relevante diante dos recentes eventos globais. O envolvimento de potências como China e Rússia apresenta desafios que exigem uma resposta coordenada e firme da Europa.
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