A deputada distrital Paula Belmonte (Cidadania-DF), segunda-vice-presidente da Câmara Legislativa do Distrito Federal, enfrenta um pedido de cassação apresentado por um grupo de dez servidoras e ex-funcionárias. Elas alegam que a deputada quebrou o decoro parlamentar ao afirmar que as funcionárias teriam que passar por um “teste do sofá” para manter seus cargos no gabinete do deputado Daniel Donizet (MDB).
A declaração, considerada depreciativa, gerou revolta entre as servidoras, que sentem que suas integridades profissionais e pessoais foram atacadas. A nota de repúdio aponta que essa fala prejudica suas reputações e carrega um peso de estigmatização.
Além do pedido de cassação, o grupo registrou um boletim de ocorrência contra Paula Belmonte e estuda outras medidas jurídicas. “O ataque irresponsável não ficará sem resposta. Nossa luta é pela verdade e um ambiente de trabalho livre de difamação e assédio moral”, afirma a nota.
As declarações de Belmonte foram feitas em entrevista à TV Globo no dia 1º. Na ocasião, ela comentava a decisão da mesa diretora da Câmara de encaminhar à Corregedoria um pedido de suspensão do mandato de Donizet por 30 dias devido a 11 pedidos de cassação relacionados a denúncias de assédio sexual e abuso de poder.
Paula Belmonte disse: “Não estou afirmando que isso acontecia, mas estamos investigando. O que se via era exigência de passar pelo teste do sofá, o que não podemos aceitar.” Sua fala sobre o “teste do sofá” foi uma reprodução literal de uma denúncia recebida pela Procuradoria da Mulher da Câmara, segundo a deputada.
Em seu comunicado à imprensa, Belmonte enfatizou que nunca teve a intenção de ofender as servidoras. Ela expressou seu respeito por elas e reforçou a gravidade das denúncias em andamento que não devem ser ignoradas. “Meu compromisso é defender a verdade, proteger as mulheres e lutar por um Distrito Federal mais justo”, finalizou.
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