Perigo: acidentes domésticos com crianças crescem 8% na Bahia

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Dados de 2024 revelam que os afogamentos foram a principal causa de mortes em 2023

Crianças brincam em piscina sem equipanentos pessoais ou supervisão de adulto

Crianças brincam em piscina sem equipamentos de segurança ou supervisão de adultos – Foto: José Simões/Ag. A TARDE

O número de acidentes envolvendo crianças e adolescentes na Bahia subiu 8% no ano passado, passando de 8.520 casos em 2023 para 9.114 em 2024. Essa informação é parte de um levantamento das Aldeias Infantis SOS, que se dedica ao cuidado infantil. Com esses dados, a Bahia representa 7,5% de todos os acidentes com crianças no Brasil, resultando em uma média de 26 registros diários.

As quedas lideram as causas de acidentes, representando 57% dos casos. Em seguida, aparecem as queimaduras com 16%, acidentes de trânsito com 9% e intoxicações com apenas 2%. Além disso, armas de fogo, sufocação, afogamento e outros incidentes somam 16% juntos. A pesquisa se baseou em dados do DataSUS, do Ministério da Saúde, focando em crianças de 0 a 14 anos. No total, o Brasil registrou 121.933 acidentes com crianças no último ano.

Evitar riscos

“Todo acidente é evitável. A prevenção, que envolve um conjunto de medidas para minimizar riscos, infelizmente, não é uma cultura disseminada”, afirma Gilvan Rodrigues, capitão e coordenador de planejamento do 1º Batalhão do Corpo de Bombeiros da Bahia.

Letícia da Paixão, mãe de Gabriel, de 7 anos, vivenciou um momento de desespero quando seu filho caiu de bicicleta. “Meu coração quase saiu pela boca. Crianças precisam de vigilância constante, principalmente quando têm necessidades especiais”, conta.

O estudo revela que 73% dos acidentes ocorrem com crianças de 5 a 14 anos, idade em que elas tendem a se tornar mais independentes. A pediatra Kátia Batista observa que muitos pais são jovens e inexperientes, contribuindo para a alta de acidentes. Ela reforça que pequenas atitudes, como supervisionar o uso do fogão, podem prevenir tragédias.

Maior causa de óbitos

Os dados mais recentes indicam um aumento de 7% nos óbitos de 2022 para 2023, subindo de 193 para 207. O afogamento é a principal causa de morte entre crianças e adolescentes, representando 36% dos casos, mesmo sem estar entre os principais acidentes não intencionais. Isso reforça a importância de um cuidado adequado.

Os afogamentos geralmente ocorrem em ambientes domésticos, onde a confiança dos pais pode ser um fator de risco. Rildo Oliveira, síndico de vários condomínios, destaca a necessidade de implementar medidas de segurança, como proteção em ralos e vigilância constante.

Acidentes de trânsito causaram 63 óbitos (30%) e sufocação, 33 casos (16%). Crianças de 1 a 9 anos foram as mais atingidas, representando 58% dos acidentes fatais.

Sua opinião é importante. O que você acha sobre as medidas de prevenção contra acidentes com crianças na Bahia? Deixe seu comentário!

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