Eliazer Rodella, ex-comandante da Guarda Civil Metropolitana (GCM), foi nomeado para a Superintendência de Ações Ambientais e Especializadas nesta sexta-feira (5/9). A decisão foi oficializada por meio de um decreto assinado pelo secretário da Segurança Pública de São Paulo, Orlando Morando.
Rodella havia sido afastado em abril deste ano, após denúncias de agressão feitas por duas ex-companheiras. Entre elas, a advogada Samara Rocha relatou que foi agredida enquanto estava grávida em 2008.
Outra ex-companheira, Iranair Gomes da Silva, declarou que sofreu torturas durante seu relacionamento com Rodella, incluindo agressões com pedaços de madeira em 1997.
Além disso, Rodella ainda enfrenta um processo administrativo disciplinar na Corregedoria devido às acusações. Já em maio, logo após seu afastamento, ele foi indicado para uma comissão responsável por ações relacionadas à Copa do Mundo de futebol feminino, que ocorrerá em São Paulo em 2027.
O site Metrópoles entrou em contato com a Prefeitura de São Paulo para obter um posicionamento sobre a nomeação, mas até o fechamento do texto, não houve resposta.
Testemunho de agressão
Em uma entrevista ao canal no YouTube “Histórias de Divórcios”, Samara Rocha compartilhou detalhes sobre a violência que sofreu. Ela descreveu como, aos oito meses de gestação, foi espancada na frente da filha e da enteada. Ela afirmou que não denunciou Rodella na época por medo e pela preocupação com os filhos.
“Ele batia minha cabeça na porta, deixava meus braços roxos. Minha enteada começou a chorar, minha menina também. Eu não tinha ninguém para ajudar”, contou Samara, que, segundo ela, foi agredida na frente das crianças.
As ações de Rodella não pararam por aí. Iranair Gomes da Silva revelou que foi vítima de violência extrema em 1997, com diversas agressões durante o relacionamento. Ela descreveu como Rodella a espancou e a torturou, usando cintos e pedaços de madeira enquanto tentava ocultar o barulho.
“Ele pegou um pedaço de pau e começou a me agredir. Eu pensei que ia morrer. Tive que fingir que ia desmaiar para ele parar”, relatou Nair.
Após essas experiências traumáticas, Nair afirmou que Rodella agiu com desdém, comentando sobre os espancamentos como se nada tivesse acontecido.
Essa situação gera muitas perguntas sobre a escolha feita pela administração pública. O que você acha da nomeação de alguém com um histórico tão sério? Comente abaixo e compartilhe sua opinião.
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