O primeiro-ministro do Nepal, KP Sharma Oli, anunciou sua renúncia nesta terça-feira, 9 de setembro, após violentos protestos que deixaram pelo menos 19 mortos. As manifestações, que ocorreram em Katmandu e outras cidades, surgiram em resposta ao bloqueio das redes sociais e à corrupção no governo.
Em sua carta de renúncia, Oli, de 73 anos, afirmou que a decisão busca “novos passos em direção a uma solução política e à resolução dos problemas”. O bloqueio impediu o acesso a 26 sites, incluindo Facebook e YouTube, e foi suspenso pelas autoridades após a crescente insatisfação pública.
Os protestos começaram no dia 8 de setembro, e a Anistia Internacional denunciou o uso de munição letal pela polícia contra os manifestantes. O descontentamento na região, que abriga cerca de 30 milhões de habitantes, tem se intensificado devido à instabilidade política, corrupção e baixos índices de crescimento econômico.
Oli estava em seu quarto mandato, após uma coalizão de governo entre seu Partido Comunista e o Congresso Nepalês. A taxa de desemprego entre jovens de 15 a 40 anos chega a quase 10%, e o PIB per capita é de apenas 1.447 dólares, conforme dados do Banco Mundial.
A situação política no Nepal se complica cada vez mais desde a transição para uma república federal em 2008, após uma longa guerra civil que resultou na abolição da monarquia. A população agora aguarda os próximos passos diante de um cenário de crescente tensão.
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