A Justiça de São Paulo decidiu não manter a prisão de Gabriel Vieira dos Santos, suspeito de roubar a arma do cabo da Polícia Militar (PM) Johannes Santana, que foi baleado no pescoço durante uma abordagem em Paraisópolis no dia 7 de agosto. A decisão foi assinada pela juíza Juliana Dias Almeida de Filippo na última sexta-feira.
A magistrada argumentou que Gabriel é réu primário e tem bons antecedentes, o que dispensaria a prisão preventiva. “Não se verifica, a princípio, qualquer comportamento que justificasse a medida extrema da segregação cautelar”, comentou a juíza, sugerindo que outras medidas cautelares seriam suficientes.
Gabriel agora deverá comparecer bimestralmente ao tribunal para justificar suas atividades e não pode deixar a região por mais de sete dias sem autorização judicial. O não cumprimento dessas condições pode resultar em sua prisão.
Retratação dos eventos
Gabriel foi preso pelo Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) dois dias após o incidente. Durante a detenção, a pistola usada pelo policial e uma lanterna foram recuperadas.
Por outro lado, Kauan Alison Alves dos Santos, identificado como o atirador, teve sua prisão preventiva decretada. A juíza descreveu a existência de provas que confirmam a autoria do disparo que feriu o PM, indicando que ele pode enfrentar uma pena de até quatro anos.
Detalhes do incidente
No dia do ocorrido, imagens das câmeras corporais do PM mostram uma perseguição até a abordagem do suspeito, onde Santana foi baleado. Ele pediu ajuda via Copom, alertando que havia sido ferido e roubado.
O PM ficou em contato com o Copom por três minutos, enquanto tentava encontrar apoio. Ele relatou desorientação devido ao sangramento e ainda questionou moradores se tinha sido atingido por uma pedra ou um tiro.
Após alguns minutos, viaturas chegaram para resgatá-lo. Santana foi internado por um dia, e exames revelaram que não houve danos graves, permitindo sua posterior alta.
Busca pelo atirador
A PM continua a procura por Kauan, que possui um histórico criminal com várias passagens por roubos desde a adolescência. Informações sobre seu paradeiro são bem-vindas.
O caso levanta questões sobre a segurança pública e as medidas de prevenção contra ações criminosas em áreas vulneráveis. O que você pensa sobre essa situação? Comente abaixo.
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