O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, fez duras críticas ao primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, e ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, durante um evento em Manaus (AM) nesta terça-feira. Ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Petro chamou Netanyahu de “amigo de Hitler” e comparou os ataques de Israel em Gaza aos campos de concentração da Segunda Guerra Mundial.
Petro afirmou: “Acabam de bombardear a sede de negociações em Doha, no Catar. Isso foi feito pelo Netanyahu. Foi atacado um barco civil que levava alimentos para crianças e famílias da Palestina. Estamos diante de um genocídio como o de Auschwitz”. Ele questionou: “Qual é a diferença do que Netanyahu está fazendo hoje com o que Hitler fazia?”.
O gabinete de Netanyahu se defendeu, alegando que a ação contra o Hamas no Catar foi totalmente independente. O comunicado oficial ressaltou: “Israel a iniciou, Israel a conduziu e Israel assume total responsabilidade”. Além das críticas a Netanyahu, Petro também condenou Trump e suas ações contra a Venezuela, afirmando que nenhum país da América do Sul deve apoiar uma possível invasão norte-americana.
Essas declarações surgem em um clima de tensão entre Washington e Caracas. Trump, ao ser questionado sobre a possibilidade de atacar cartéis de drogas na Venezuela, foi enigmático: “Bem, vocês descobrirão”. O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, respondeu prometendo defender a soberania nacional e solicitando diálogo para evitar conflitos.
Petro, que não reconhece o resultado das últimas eleições na Venezuela, defendeu que a crise no país deve ser resolvida por meios políticos, não militares. “Não se resolve com mísseis como na Palestina”, disse.
O evento também contou com a presença da vice-presidente do Equador, María José Pinto, e enfocou a inauguração do Centro de Cooperação Policial Internacional da Amazônia, que visa promover a colaboração entre os países amazônicos no combate ao crime.
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