Um estudo realizado pela Universidade McMaster, no Canadá, trouxe novas perspectivas sobre o impacto do consumo de proteínas animais na saúde. Segundo os pesquisadores, a ingestão de carne vermelha, frango, peixe, ovos e laticínios não estaria ligada ao aumento do risco de morte. Na verdade, a pesquisa indicou uma leve redução na mortalidade por câncer entre aqueles que consomem mais proteína animal.
Os resultados, divulgados em julho na revista Applied Physiology, Nutrition, and Metabolism, basearam-se em dados da pesquisa nacional norte-americana NHANES III, que acompanhou cerca de 16 mil adultos com 19 anos ou mais.
Para assegurar a solidez das conclusões, os cientistas usaram diferentes modelos estatísticos, incluindo a técnica Cadeia de Markov Monte Carlo (MCMC). Mesmo com essas análises complexas, os resultados foram consistentes: não houve aumento no risco de morte por câncer, doenças cardiovasculares ou outras causas entre os participantes com maior consumo de proteína animal.
Apesar dessas descobertas, os pesquisadores apontaram algumas limitações. Por ser um estudo observacional, não é possível afirmar com certeza as relações de causa e efeito. Além disso, a categoria “proteína animal” inclui uma variedade de alimentos, desde carnes processadas até pescados e ovos, dificultando a identificação de quais poderiam estar associados ao efeito positivo.
Esses achados contrastam com as recomendações de instituições como a Organização Mundial da Saúde (OMS), que considera carnes processadas cancerígenas e classifica carnes vermelhas não processadas como “provavelmente cancerígenas”.
Diante disso, mesmo com a nova evidência, os pesquisadores reafirmam que a orientação permanece a mesma: adotar uma dieta equilibrada, combinando proteínas animais e vegetais e consumindo carne vermelha de forma moderada.
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