O Nepal enfrenta uma onda de protestos sem precedentes nas últimas décadas. Nas últimas duas dias, manifestações violentas tomaram a capital, Catmandu, deixando um rastro alarmante de destruição, mortes e ataques direcionados a autoridades.
Um dos episódios mais trágicos foi a morte de Rajyalaxmi Chitrakar, esposa do ex-primeiro-ministro Jhalanath Khanal, que foi queimada viva em um ataque à sua residência. Outras figuras políticas, incluindo ex-chefes de governo, também ficaram feridas. Vídeos mostram a brutal invasão da casa da ministra das Relações Exteriores, Arzu Rana Deuba, onde ela foi agredida, enquanto seu marido, o ex-primeiro-ministro Sher Bahadur Deuba, aparece visivelmente machucado e sendo amparado por apoiadores.
Além disso, a residência de outros líderes, como a do ex-premiê KP Sharma Oli, sofreu vandalismo significativo.
A violência teve início na segunda-feira (8), quando confrontos em frente ao Parlamento resultaram em pelo menos 19 mortos e mais de 100 feridos. Manifestantes desrespeitaram um toque de recolher imposto pela polícia, que respondeu com gás lacrimogêneo e balas de borracha. A pressão popular levou Oli a renunciar ao cargo.
A revolta começou após o governo proibir temporariamente o uso de redes sociais como Facebook e Instagram, alegando que a medida visava combater crimes virtuais, notícias falsas e discursos de ódio. Essa decisão gerou grande indignação, especialmente entre os jovens, que foram às ruas com o slogan “Bloqueiem a corrupção, não as redes sociais”.
Esses protestos revelam a instabilidade política e econômica que o Nepal enfrenta, desde a abolição da monarquia em 2008. A juventude do país, que sofre com a falta de oportunidades de trabalho, tem se destacado nas mobilizações, muitos deles ocupando empregos precários no exterior e enviando dinheiro para suas famílias.
A situação no Nepal continua a evoluir rapidamente, com os moradores profundamente impactados pelos acontecimentos. O que você pensa sobre a atual crise política no país? Compartilhe sua opinião nos comentários.
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