Lula diz que Bolsonaro sabe as “burrices” que fez: “Não é inocente”

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se manifestou novamente sobre o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no Supremo Tribunal Federal. Durante um evento em Manaus, na terça-feira, Lula declarou que Bolsonaro cometeu “burrices” e que ele “não é inocente”, mencionando que mandou seu filho aos Estados Unidos para pedir ao governo Trump para taxar o Brasil.

“Estamos vivendo um momento delicado no Brasil. Um brasileiro, que foi eleito pelo povo, está sendo julgado por suas burrices e sabe que cometeu. Ele mandou o filho para os Estados Unidos pedir para o governo Trump taxar o Brasil”, afirmou Lula.

Lula continuou sua crítica, apontando a atuação do deputado Eduardo Bolsonaro nos EUA. Segundo ele, a defesa de inocência é inadequada, considerando que o ex-presidente tentou dar um golpe de Estado. “Esses caras tiveram a coragem de falar mal do Brasil e tentar convencer que o pai é inocente. O que não é verdade”, disse Lula.

Além disso, Lula comentou sobre um suposto plano de assassinato de autoridades, chamado “Punhal Verde Amarelo”, que está sendo investigado pela Polícia Federal. Durante sua fala, ele mencionou que Bolsonaro estava arquitetando a morte dele, do ex-governador Alckmin e do ministro Alexandre de Moraes.

Anistia no Congresso

Lula também abordou a questão da anistia, afirmando que os réus estão sendo julgados pelos erros que cometeram. “Não adianta pedir anistia. Bolsonaro nem foi condenado ainda. Em vez de se defender, já estão pedindo anistia”, ressaltou o presidente. Ele se referiu a discussões no Congresso Nacional sobre um projeto de anistia ampla, que poderia beneficiar não apenas os condenados pelos eventos de 8 de janeiro, mas também Bolsonaro e seu filho, Eduardo.

O julgamento no STF

Essas declarações coincidiram com o retorno do julgamento da chamada trama golpista no STF. O relator Alexandre de Moraes votou pela condenação de Bolsonaro e outros sete réus envolvidos. O foco do julgamento, segundo Moraes, é a autoria das ações, já que não há dúvida de que houve tentativas de golpe e abolição do Estado de Direito.

“Esse julgamento não discute se houve tentativa de golpe, mas quem é o autor. Não há dúvida sobre a tentativa de abolição do Estado de Direito”, afirmou Moraes.

O ministro Flávio Dino acompanhou Moraes e também se manifestou a favor da condenação, pedindo penas mais severas para Bolsonaro e seus aliados. O julgamento continua nesta quarta-feira, com os votos restantes dos ministros Luiz Fux, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin.

O que você acha das declarações de Lula e do andamento do julgamento? Deixe sua opinião nos comentários.

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