O Nepal enfrenta uma de suas maiores crises recentes. O primeiro-ministro K.P. Sharma Oli anunciou sua renúncia após violentos protestos contra a corrupção e uma recente proibição de redes sociais no país.
Manifestações, principalmente lideradas por jovens, tomaram as ruas de Katmandu e outras localidades. Desde o início dos protestos, no dia 2 de setembro, a imprensa local registrou ao menos 19 mortes. A situação se agravou a ponto de as autoridades decretarem toque de recolher, bloquear estradas e fechar o aeroporto da capital.
Kumar*, um parceiro local da Portas Abertas, descreveu a atmosfera como caótica: “Havia manifestantes por todos os lados, gritando palavras de ordem contra o governo. Em muitas áreas, objetos foram incendiados, e a fumaça era visível no céu.”
A crise política se intensificou poucos dias após a proibição de 26 plataformas digitais, incluindo Facebook e WhatsApp. O Ministério das Comunicações justificou a medida, alegando ser temporária e condicionada ao registro das empresas no país. Contudo, essa decisão foi vista como um ataque à liberdade digital, gerando protestos, especialmente entre a Geração Z.
Durante os confrontos, a polícia foi acusada de abrir fogo contra os manifestantes, resultando em cinco mortes e mais de 80 feridos. O governo também mobilizou o exército para controlar a revolta.
Esse cenário de instabilidade aumenta a vulnerabilidade dos cristãos no Nepal. De acordo com a Lista de Países em Observação, o Nepal é o 54º país mais perigoso para se seguir a fé cristã. Converter-se do hinduísmo é muitas vezes acompanhado de rejeição familiar e comunitária, além de pressões legais desde a introdução da lei anticonversão em 2017. Igrejas domésticas e comunidades não tradicionais enfrentam ataques, prisões e até expulsões de vilarejos.
Em meio a essa turbulência, um cristão local fez um apelo: “Por favor, orem pela paz no país, especialmente neste momento de conflito. Que nosso governo, em crise, encontre sabedoria e integridade para guiar a nação rumo à paz e ao progresso.”
Como a situação no Nepal se desenrola, a necessidade de oração é ainda mais premente. Que Deus traga estabilidade política e proteja aqueles que enfrentam perseguição. A segurança dos parceiros locais da Portas Abertas é essencial, para que continuem a ser luz em meio à crise.
Compartilhe suas opiniões e reflexões sobre o que está acontecendo no Nepal. O diálogo é fundamental neste momento tão delicado.
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