A moeda norte-americana encerrou a R$ 5,40, enquanto o principal índice da B3 subiu 0,52% para 142.348,70 pontos nesta quarta-feira (10), impulsionado pelo otimismo no mercado internacional.
Nesta quarta-feira (10), o dólar caiu, chegando a operar abaixo de R$ 5,40. Essa movimentação ocorre em meio à valorização de divisas emergentes, especialmente ligadas a commodities, após dados indicando uma inflação ao produtor mais fraca nos Estados Unidos.
Outro fator que ajudou na queda do dólar foram as expectativas reduzidas de novas sanções dos EUA ao Brasil, influenciadas pela divergência do ministro Luiz Fux no julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal (STF).
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou deflação de 0,11% em agosto, mas não afetou significativamente a taxa de câmbio. Com uma mínima de R$ 5,3991 no início da tarde, o dólar à vista fechou com queda de 0,54%, a R$ 5,4069. No mês, a desvalorização atinge 0,28%, após um recuo de 3,19% em agosto. No acumulado do ano, as perdas são de 12,51%, destacando o real como a moeda latino-americana de melhor desempenho em 2025.
Em seu voto, Luiz Fux fez indiretas ao ministro Alexandre de Moraes, afirmando que o caso de Bolsonaro não pertence ao STF, já que os fatos ocorreram após seu mandato. Fux defendeu a “nulidade absoluta” do processo.
À tarde, o Banco Central (BC) anunciou que o fluxo cambial é positivo em US$ 277 milhões até o dia 5, com uma entrada líquida de US$ 743 milhões via comércio exterior, e uma saída líquida de US$ 466 milhões pelo canal financeiro. No acumulado do ano, o fluxo total é negativo em US$ 16,627 bilhões.
Nos EUA, o índice DXY, que mede o valor do dólar em relação a outras divisas, estava estável na casa dos 97,800 pontos. A inflação ao produtor (PPI) caiu 0,1% em agosto, em contraste com a expectativa de alta de 0,4%.
Investidores esperam a divulgação da inflação ao consumidor nos EUA hoje (11), que poderá afetar as apostas sobre cortes nas taxas de juros no país até o final do ano. A expectativa é de que o Federal Reserve reduza a taxa básica em pelo menos 25 pontos-base no dia 17.
Bolsa
Com dados deflacionários tanto no Brasil quanto nos EUA, o Ibovespa subiu e chegou perto de renovar sua máxima histórica. O índice fechou a 142.348,70 pontos, com um volume negociado de R$ 18,8 bilhões nesta quarta-feira.
Durante a sessão, o Ibovespa alcançou 143.181,59 pontos, mas não conseguiu fechar nesse patamar. Na semana, o índice acumula uma leve queda de 0,20%, enquanto em agosto registra alta de 0,66% e no ano já soma 18,34%. O voto divergente de Fux trouxe expectativas de um desfecho neutro sobre o julgamento de Bolsonaro.
No mercado internacional, as tensões no Oriente Médio, especialmente após o ataque de Israel ao Catar, pressionaram os preços do petróleo, com alta de 1,6%, o que beneficiou as ações da Petrobras. Vale ON também fechou em alta, assim como a maioria dos grandes bancos, exceto Bradesco.
Na ponta vencedora do Ibovespa, as ações de C&A (+4,80%), Marfrig (+4,17%) e Magazine Luiza (+3,70%) se destacaram. Por outro lado, MRV (-4,83%), Braskem (-3,69%) e Suzano (-2,14%) figuraram entre as perdas. Segundo Patrick Buss, operador da Manchester Investimentos, a deflação do IPCA favoreceu empresas com exposição à taxa de juros, como as do varejo.
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