Tarcísio de Freitas, governador de São Paulo pelo Republicans, está se destacando na articulação em torno de um projeto de anistia para aqueles envolvidos em atos golpistas e nas manifestações de 8 de janeiro de 2023. Essa movimentação é vista por seus aliados como uma importante mudança na estratégia política do governador.
Aliados próximos comentam que, até recentemente, Tarcísio era visto como uma figura técnica, quase uma “Dilma de Bolsonaro”, ou seja, alguém popular, mas sem talento aparente para a articulação política. Agora, com sua nova postura, ele busca reafirmar sua posição como potencial candidato à presidência em 2026.
Recentemente, Tarcísio foi a Brasília para estabelecer alianças com líderes partidários, atuando em uma função que, formalmente, não é parte de suas atribuições como governador. Esse movimento provocou um pedido de impeachment por parte da oposição na Assembleia Legislativa de São Paulo.
Outro momento significativo foi sua participação em um ato bolsonarista na Avenida Paulista, onde Tarcísio criticou diretamente o ministro Alexandre de Moraes, um adversário do bolsonarismo. Essa mudança de tom é vista como uma resposta às exigências dos grupos mais radicais dentro do bolsonarismo, que esperavam uma postura mais combativa.
Aliados acreditam que Tarcísio está se preparando para a corrida presidencial, buscando evitar um desvio de apoio similar ao que ocorreu com o prefeito Ricardo Nunes nas eleições municipais de 2024. Durante aquela campanha, Nunes enfrentou forte concorrência de candidatos de direita, como Pablo Marçal.
Apesar de sua ascensão, aliados mencionam que Tarcísio ainda está aprendendo a manobrar na política em Brasília. Há uma percepção de que alguns deputados do Centrão demonstram resistência em aceitar o ex-assessor de Bolsonaro em uma futura administração.
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