A Polícia Civil do Estado do Paraná (PCPR) anunciou que vai rastrear todas as pessoas que armazenaram e compartilharam o vídeo de adolescentes mantendo relações sexuais dentro de um ônibus abandonado no bairro Morumbi, em Cascavel (PR).
Desde a divulgação da filmagem nas redes sociais, o caso gerou grande polêmica. Envolvendo seis adolescentes, todos com cerca de 15 anos, a gravação foi compartilhada por milhares de pessoas.
Nas plataformas sociais, principalmente no X (antigo Twitter) e no TikTok, o vídeo viralizou. Muitos usuários comentam sobre a situação, enquanto a maioria promove o conteúdo ou oferece o vídeo em troca de seguidores.
Um dos comentários mais notáveis foi de uma mulher que escreveu: “Tenho todos os vídeos. Basta me seguir para receber no direct.” Essa mensagem gerou interesse de mais de 50 pessoas. Além disso, outras postagens acumulam mais de 100 comentários relacionados ao caso, com homens, mulheres e adolescentes prometendo compartilhar o material.
Questão legal
É fundamental destacar que salvar e compartilhar conteúdos pornográficos envolvendo crianças ou adolescentes é um crime sério. A advogada criminalista Flávia Maria Ebaid, do escritório Bialski Advogados Associados, explica que essa ação viola direitos fundamentais e perpetua a exploração sexual.
A Constituição Brasileira e o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) garantem que crianças e adolescentes tenham direito a um desenvolvimento livre de violência e abuso, inclusive online. Segundo a especialista, “a disseminação de material pornográfico envolvendo menores representa uma violação direta a esses direitos, além de causar danos psicológicos profundos às vítimas”.
O ECA também classifica condutas como oferecer, trocar, disponibilizar ou divulgar material pornográfico como crimes. A pena prevista varia de três a seis anos de reclusão e multa. Assim, a simples ação de compartilhar ou repostar o material, mesmo que uma única vez, já caracteriza o crime.
O tema suscita um debate importante sobre a responsabilidade de todos na proteção dos direitos de crianças e adolescentes. O que você pensa sobre essa situação? Deixe sua opinião nos comentários.
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