Albânia anuncia ministra gerada por IA para “combater corrupção”

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A Albânia fez história ao apresentar Diella, a primeira ministra gerada por inteligência artificial no mundo. O nome Diella, que significa Sol em albanês, já estava em funcionamento desde janeiro como assistente de serviços governamentais online, de acordo com informações da Reuters.

O premiê Edi Rama anunciou que Diella, a primeira integrante do gabinete a não estar fisicamente presente, foi criada para ajudar a tornar a Albânia um país onde as licitações públicas sejam totalmente livres de corrupção.

Com um traje tradicional albanês, Diella atuará como a “servidora das compras públicas”, tomando decisões sobre quem vence as licitações, uma tarefa que antes era realizada pelos ministérios. O objetivo é garantir 100% de transparência nos gastos públicos durante o processo de licitação, afirmou Rama.

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Diella será a “servidora das compras públicas”, decidindo os vencedores de licitações (Imagem: Reprodução/YT)

O anúncio ocorreu durante a oficialização do quarto governo consecutivo de Rama, que foi reeleito em maio. Ele já deixou claro que vê a inteligência artificial como uma ferramenta para combater a corrupção e eliminar subornos, ameaças e conflitos de interesse.

Uma nova era?

Historicamente, as licitações e concursos públicos na Albânia estão associados a escândalos de corrupção, frequentemente ligados a gangues internacionais de tráfico de drogas e armas, segundo o The Guardian. O alto escalão do governo também é mencionado no contexto das investigações.

A mídia local considera essa medida uma grande transformação na forma como a Albânia exerce seu poder, integrando a tecnologia não apenas como uma ferramenta, mas como uma parte ativa na governança. Essa mudança pode facilitar a entrada do país na União Europeia.

A reação entre os moradores é dividida. Muitos questionam se a inteligência artificial será realmente isenta de manipulações ou informações tendenciosas. Também há dúvidas sobre a possibilidade de os licitantes contestarem decisões automatizadas, conforme reportado pelo site EUToday.

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Críticos questionam se os licitantes terão recursos para contestar decisões automatizadas (Imagem: Reprodução/YT)

IA a serviço do governo

A Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) aponta que quase 800 iniciativas de governança envolvendo inteligência artificial estão em andamento em 69 países. Em 2024, o Reino Unido criou um Escritório de Inteligência Artificial, integrando-o posteriormente ao Departamento de Ciência, Inovação e Tecnologia.

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Edifício do Gabinete do Primeiro-Ministro em Tirana (Imagem: ardasavasciogullari/iStock)

Nos Estados Unidos, empresas de inteligência artificial têm desenvolvido modelos específicos para agências governamentais. O Google, por exemplo, lançou a versão Gemini for Government, enquanto a OpenAI disponibilizou o ChatGPT Enterprise e a Anthropic ofereceu serviços do Claude for Enterprise e Claude for Government.

O que você pensa sobre essa inovação? Acha que a inteligência artificial pode realmente mudar a forma como as decisões governamentais são tomadas? Compartilhe sua opinião nos comentários!

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