Uma agência de turismo em Santa Catarina está sendo investigada por suspeitas de participar de um esquema de tráfico internacional de pessoas. Essa operação foi alvo da ação do Ministério Público Federal (MPF) e da Polícia Federal (PF) junto com autoridades da Irlanda, que resultou na operação nomeada Cassandra.
Deflagrada em 3 de setembro, a operação revelou que a agência, que funcionava no mesmo endereço de um dos principais alvos, não tinha funcionários registrados. A falta de regularização levantou suspeitas sobre suas atividades e ligações com o tráfico de pessoas com fins de exploração sexual.
Os investigadores notaram movimentações financeiras que superavam significativamente o capital declarado, um indício de possível lavagem de dinheiro. Desde 2017, o grupo era ativo em crimes como tráfico humano e lavagem de capitais.
Conforme as investigações, a agência emitia passagens e organizava toda a logística de viagem das vítimas, que eram enganadas com promessas de empregos e melhores condições de vida, mas eram submetidas a jornadas de trabalho exaustivas ao chegarem aos seus destinos, incluindo países como Irlanda, Reino Unido e México.
Cerca de 70 mulheres foram identificadas como vítimas do grupo. Os criminosos faturavam aproximadamente R$ 700 mil mensais, que eram investidos em empresas de fachada, imóveis e criptoativos, tudo para dar aparência de legalidade ao dinheiro obtido de forma ilícita.
Na ação, foram cumpridos cinco mandados de prisão, além de 30 mandados de busca e apreensão em residências e empresas ligadas aos investigados. A Justiça também determinou que 13 brasileiros enfrentem medidas cautelares, como a entrega de passaportes e restrições de contato com as vítimas, além do bloqueio de bens e valores.
Esse caso expõe um cenário alarmante de exploração e tráfico humano, revelando a necessidade de uma atuação mais enfática no combate a esses crimes. É essencial que todos estejam cientes e atentos a essas situações tão complexas e dolorosas.
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