A professora Melina Fachin, diretora do Setor de Ciências Jurídicas da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e filha do ministro Edson Fachin do Supremo Tribunal Federal, sofreu uma agressão na última sexta-feira (12).
Segundo o relato de seu marido, Marcos Gonçalves, um homem se aproximou dela sem se identificar, cuspiu e a chamou de “lixo comunista”.
Gonçalves comentou que a violência é resultado do discurso de ódio que vem sendo promovido por certos setores da extrema direita, que buscam eliminar qualquer ideia que considerem diferente.
A UFPR informou que está analisando a situação e realizará uma reunião nesta terça-feira (16) para discutir a agressão.
O comunicado da universidade afirma que o caso de Melina será debatido durante a reunião do Conselho de Planejamento e Administração (Coplad).
O Conselho Federal da OAB e sua Comissão Nacional de Direitos Humanos manifestaram solidariedade à professora, repudiando veementemente o episódio.
A OAB ressaltou que este tipo de agressão ofende valores fundamentais da democracia, que exige respeito às liberdades e à convivência pacífica, especialmente em ambientes acadêmicos.
O corpo docente da Faculdade de Direito da UFPR também defendeu Melina, afirmando que a convivência democrática deve ser a base da universidade e da sociedade.
Em sua nota, os professores afirmaram que divergências políticas são legítimas, mas nunca podem justificar ataques ou intimidações.
Melina Fachin é formada em direito pela UFPR e possui pós-graduações na França e em Portugal, além de mestrado e doutorado em Direito pela PUC-SP. Ela é professora na UFPR desde 2012 e assumiu a direção do setor em 2021.
Além de sua carreira acadêmica, Melina atua na área de Direito Constitucional e dos Direitos Humanos, é advogada e sócia do escritório de seu pai, Fachin Advogados Associados. Ela participa de diversas entidades de direitos humanos no estado do Paraná.
Esse episódio de violência levanta questões importantes sobre a liberdade de expressão e a convivência pacífica nos ambientes acadêmicos. O que você pensa sobre essa situação? Deixe seu comentário e compartilhe sua opinião.
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