No litoral de São Paulo, a escalada da violência ganhou força após a morte de dois policiais militares em Guarujá, no dia 27 de julho. Esses assassinatos resultaram em uma mobilização massiva das forças de segurança, com 600 agentes envolvidos em operações de combate ao crime.
Um dos episódios mais marcantes deste panorama foi o assassinato de Ruy Ferraz Fontes, ex-delegado-geral de São Paulo. Ele foi morto em Praia Grande em 15 de setembro e era conhecido por sua luta contra o Primeiro Comando da Capital (PCC). A violência na região aumentou significativamente desde meados de 2023, levando Fontes a manifestar preocupações sobre sua segurança.
Após a morte do soldado Patrick Bastos Reis, de 30 anos, das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota), a Operação Escudo foi acionada. O objetivo era bloquear o acesso a áreas problemáticas e enfrentar o tráfico de drogas. Entre 28 de julho e 5 de setembro, 28 pessoas foram mortas em ações policiais. Segundo a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, 805 prisões foram realizadas, e 939 kg de drogas foram apreendidos.
No entanto, essas operações também geraram controvérsias. O Conselho Nacional de Direitos Humanos (CNDH) registrou relatos de abusos cometidos pelas forças policiais, incluindo execuções e torturas. Um caso em particular envolveu a morte de um cão durante uma ação que resultou na morte de um jovem de 22 anos.
O debate sobre o uso de câmeras corporais pelos agentes de segurança ressurgiu à tona. O Ministério Público denunciou casos em que policiais teriam coberto suas câmeras para simular confrontos e plantar armas nas cenas.
Em janeiro de 2024, novas mortes de policiais resultaram em uma nova onda de operações. Soldados foram mortos em diferentes incidentes, e 27 pessoas foram registradas como vítimas durante estas ações. Entre elas, um criminoso conhecido como “Danone”, acusado de liderar uma facção ligada ao tráfico internacional de drogas.
A violência não se limitou às operações em larga escala. Em outubro de 2024, uma base da PM em Guarujá sofreu um ataque, demonstrando a crescente tensão entre as forças de segurança e o crime organizado. Apesar das ações, a PM continua a enfrentar desafios significativos na luta contra o tráfico e a violência na região.
Queremos ouvir sua opinião sobre a situação atual no litoral paulista. Você acha que as operações de combate ao crime estão sendo eficazes? Compartilhe suas ideias nos comentários.
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