O ex-delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo, Ruy Ferraz Fontes, foi assassinado no início da noite de segunda-feira, no bairro Vila Mirim, em Praia Grande. A polícia investiga o crime por meio de uma força-tarefa que busca identificar e prender os responsáveis. Imagens de câmeras de monitoramento ajudam a reconstruir os momentos da emboscada.

O assassinato ocorreu por volta das 18h, quando criminosos estacionaram uma Hilux preta na Rua Arnaldo Vittuli. Ruy saiu da prefeitura pela Rua José Borges Neto e, às 18h15, entrou na Arnaldo Vittuli. Ao avistar o veículo do ex-delegado, os criminosos ativaram o carro e dispararam ao menos dois tiros.

Ruy tentou fugir e virou à esquerda na Rua 1° de Janeiro, onde acelerou. Na alta velocidade, ele entrou na Avenida Doutor Roberto de Almeida Vinhas e colidiu com um ônibus, fazendo o carro capotar. Os criminosos desceram da Hilux e dispararam 69 vezes contra ele.

Logo após o ataque, um carro parecido com o utilizado pelos assassinos foi encontrado incendiado na Avenida Casemiro Domcev, bairro Nova Mirim. Dois suspeitos já foram identificados a partir de material genético encontrado no local e no veículo.

Quais as principais suspeitas?

A investigação foca em duas linhas principais. A primeira é uma possível retaliação do Primeiro Comando da Capital (PCC), já que Ruy tinha um histórico de combate ao grupo. A segunda hipótese envolve sua atuação na prefeitura de Praia Grande, onde era secretário de Administração desde 2023.

Ruy Ferraz Fontes ficou conhecido por indiciar a cúpula do PCC em 2006, incluindo seu líder, Marcola. A força-tarefa avalia a ligação de um líder do PCC, que saiu recentemente de um presídio, com o assassinato. Além disso, os investigadores também estão considerando uma possível relação do crime com uma licitação que teria afetado um grupo vinculado aos criminosos.

Alvo desde 2019

Fontes estava sob ameaça desde 2019, quando uma investigação o relacionou a planos de assassinato de agentes públicos, incluindo ele mesmo. Em dezembro de 2023, após um assalto, o ex-delegado demonstrou preocupação com sua segurança e a de sua família. Em 2022, ele foi vítima de um assalto em São Paulo, mas escapou por estar em um veículo blindado.

Esse cenário dramático mostra como o ex-delegado viveu em constante risco devido ao seu histórico de enfrentamento ao crime organizado. O caso está sob atenção redobrada, refletindo a seriedade da situação e a busca por justiça.

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