O Conselho de Segurança da ONU decidiu, nesta sexta-feira (19), retomar as sanções econômicas ao Irã devido a seu programa nuclear. Reino Unido, França e Alemanha, países signatários do acordo de 2015 conhecido como JCPOA, afirmaram que o Irã não cumpriu as obrigações do tratado e justificaram a ação. A embaixadora britânica, Barbara Woodward, fez um apelo para que Teerã tome medidas imediatas.
Em meio a tensões, o embaixador iraniano na ONU, Amir Saeid Iravani, destacou que essa decisão é “precipitada, desnecessária e ilegal”. Segundo ele, o Irã não reconhece a obrigação de implementar as sanções e criticou a abordagem coercitiva. Ele também mencionou uma proposta equilibrada apresentada ao setor europeu para evitar a reimposição das sanções, que foi ignorada.
Israel, que já teve conflitos com o Irã, pediu ao mundo que impeça Teerã de adquirir armas nucleares. O ministro das Relações Exteriores de Israel, Gideon Saar, afirmou que o programa nuclear do Irã não é pacífico e representa um grave risco à segurança mundial.
O acordo de 2015 sofreu um grande golpe quando os Estados Unidos se retiraram em 2018 durante o mandato de Donald Trump, reinstituindo sanções. Desde então, o Irã tem se afastado gradualmente das obrigações acordadas, aumentando suas atividades nucleares, o que gerou um cenário de crescente tensão na região.
A votação no Conselho de Segurança também teve a oposição da Rússia e da China. Ambos os países precisavam garantir nove votos dos 15 membros para barrar as sanções, mas não conseguiram. Embora as potências europeias tenham tentado reviver o JCPOA, o Irã continua se opondo às exigências.
O embaixador iraniano reiterou que a ação do Conselho é ilegal e representa um obstáculo à diplomacia. A situação pode se agravar, considerando que dias intensos de discussão estão por vir na Assembleia Geral da ONU, onde líderes de diversos países se reunirão na próxima semana.
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