O governo de São Paulo anunciou novas estratégias para controlar a água dos reservatórios que abastecem a capital e a região metropolitana. A medida foi tomada em resposta à queda dos níveis dos mananciais, que operam atualmente a apenas 32,5% da capacidade, comparado a 51,5% no mesmo período do ano passado.
As ações incluem a ampliação do tempo de gestão de demanda noturna de oito para dez horas, agora das 19h às 5h, além do gerenciamento da pressão nas tubulações durante o dia. Essas medidas visam reduzir as perdas de água e já resultaram em uma economia de 7,2 bilhões de litros, o que seria suficiente para abastecer 800 mil pessoas por um mês.
Segundo o governo, essa decisão se deve aos “eventos climáticos e a um cenário de chuvas abaixo do esperado”. As ações temporárias permanecerão em vigor até que os níveis dos mananciais sejam restabelecidos para garantir o abastecimento.
A estratégia foi definida pela Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado de São Paulo (Arsesp) e a SP Águas, baseando-se nos dados coletados no primeiro boletim do comitê de Integração das Agências para a Segurança Hídrica. As intervenções anteriores, executadas desde o final de agosto, foram bem-sucedidas e evitam uma queda ainda maior no nível das reservas.
Este verão, a falta de chuvas complicou ainda mais a situação. Em agosto, a Unidade de Gerenciamento de Recursos Hídricos de Piracicaba/Capivari/Jundiaí registrou apenas 3 milímetros de precipitação, quando a média histórica é de 29 milímetros. Já em Alto Tietê, as expectativas eram de 32 milímetros, mas apenas 11 milímetros foram registrados.
Os sistemas Cantareira e Alto Tietê, que representam cerca de 80% da capacidade do Sistema Integrado Metropolitano, estão atualmente com 30,3% e 26,1% de armazenamento. De acordo com Camila Viana, presidente da SP Águas, o monitoramento constante é crucial para garantir a segurança do abastecimento, e a colaboração dos moradores é essencial. Simples atitudes do dia a dia podem fazer uma grande diferença na redução do consumo.
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